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2 de Maio de 2024
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    MPF/RJ denuncia organizações criminosas que exploravam máquinas de caça-níqueis

    Policiais integravam o esquema em troca de vantagens financeiras

    há 10 anos

    O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) denunciou 20 pessoas que integravam duas organizações criminosas que atuavam na exploração ilegal de caça-níqueis em Valença, no Sul Fluminense. Alguns dos denunciados foram presos pela Polícia Federal na Operação Arataca, deflagrada no último dia 14 de janeiro, quando foram apreendidos cerca de R$ 350 mil, além de armas e máquinas de caça-níqueis nas cidades de Valença, Barra do Piraí e Volta Redonda.

    Os acusados foram denunciados pelos crimes de organização criminosa, contrabando, corrupção ativa e passiva, peculato, violação de sigilo funcional, uso de documento falso e facilitação ao contrabando e descaminho. As duas denúncias foram oferecidas à 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro pelo procurador da República Carlos Alberto Aguiar (ações penais nº 0000925-55.2009.4.02.5119 e 0016586-34.2014.4.02.5101).

    As investigações iniciaram-se em meados de 2011 após a Justiça Federal autorizar interceptações telefônicas dos envolvidos que ajudaram a identificar dois grupos diferentes atuando na exploração clandestina de máquinas de caça-níqueis na região. Em umas das denúncias, a organização era chefiada por Ary José da Silva Leal e seus filhos Gustavo Correa Leal e Felipe Correa Leal. Os irmãos repassavam uma parte dos lucros ao bicheiro Lair Jorge Thomé por permitir a exploração de máquinas na região de Valença.

    Também integravam o esquema dois policiais militares, Julian Quintanilha e Walace Miquilini, e um servidor administrativo da polícia civil, João Carlos Dias da Silva. Eles permitiam a exploração das Máquinas Eletronicamente Programáveis (MEPs) em troca de vantagens financeiras. A exploração destas máquinas é proibida, por serem feitas com peças de importação ilegal para jogo de azar, e caracteriza crime equiparado a contrabando.

    Na segunda denúncia, a quadrilha - que rivalizava com o esquema mantido por Ary, Gustavo e Felipe - era comandada por Marcelo Rodrigues Moreira. Era ele quem definia as ações do esquema, administrando pessoalmente as atividades ilícitas com poderes plenos para escolher os pontos de instalação, adquirir equipamentos para montar as máquinas, realizar contatos com fornecedores, entre outras. Marcelo era auxiliado por Sloan de Oliveira Silva, vulgo Luan, que foi preso em flagrante no curso das investigações, em agosto de 2012.

    "Infelizmente os esquemas só funcionaram por tanto tempo graças ao elevado nível de corrupção na região" afirma o procurador da República Carlos Aguiar.

    Veja abaixo a lista dos denunciados e os crimes praticados:

    Denúncia 1 (ação penal nº 0000925-55.2009.4.02.5119)

    1- Ary José da Silva Leal Júnior - organização criminosa; contrabando; corrupção ativa; violação de sigilo funcional

    2 -Gustavo Correa Leal - organização criminosa; contrabando; corrupção ativa, violação de sigilo funcional; peculato; uso de documento falso

    3- Felipe Correa Leal - organização criminosa; contrabando; corrupção ativa; violação de sigilo funcional; uso de documento falso

    4- Robson Luiz dos Santos Baptista - associação criminosa; contrabando; corrupção ativa; peculato

    5- Leonardo de Lima - organização criminosa; contrabando; corrupção ativa; peculato

    6- Adilson Felipe Godofredo - associação criminosa; contrabando

    7- Jean Carlos Faria Figueira - organização criminosa; contrabando; usos de documento falso

    8- César Gouvea da Silva Leal -organização criminosa; contrabando

    9- Luiz Paulo Pires da Silva - organização criminosa

    10- Julian dos Santos Quintanilha - organização criminosa; corrupção passiva; facilitação ao contrabando; violação de sigilo funcional

    11- Lair Jorge Thome - organização criminosa; contrabando

    12- Hélio Batista Bilheri Filho - associação criminosa; uso de documento falso

    13- Adriano Chaves de Carvalho -associação criminosa; contrabando

    14- Walace Bevace Miquilini - organização criminosa; corrupção passiva; facilitação ao contrabando e descaminho

    15- João Carlos Dias da Silva - organização criminosa; corrupção passiva; peculato

    Denúncia 2 (ação penal nº 0016586-34.2014.4.02.5101)

    1- Marcelo Rodrigues Moreira - associação criminosa; contrabando; corrupção ativa

    2- Sloan de Oliveira Silva - associação criminosa; contrabando

    3- Luciane dos Santos Soares - associação criminosa; contrabando

    4- Alexsandro de Jesus Vieira - associação criminosa; contrabando

    5- Pedro Paulo Ferreira Costa - associação criminosa; contrabando

    6- Walace Bevace Miquilini - corrupção passiva; facilitação de contrabando e descaminho

    7- João Carlos Dias da Silva - corrupção passiva

    Assessoria de Comunicação Social

    Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro

    Tels.: (21) 3971-9488/9460

    www.prrj.mpf.mp.br

    twitter.com/MPF_PRRJ

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