MPF/RN quer prorrogação da prisão temporária de presos da Escambo e 1357
O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) ofereceu três pareceres que opinam pela continuidade da prisão de dez pessoas envolvidas nas Operações Escambo e 1357, desencadeadas pela Polícia Federal na semana passada em Natal, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte (lista abaixo).
Para o MPF/RN a prisão temporária dos envolvidos, todos indiciados pela Polícia Federal, deve ser prorrogada por mais cinco dias para analisar o material apreendido, cogitar de novas diligências policiais e para evitar a ocultação ou destruição de provas. Além disso, para impedir a intimidação e influência no depoimento das testemunhas que serão realizados a partir de agora.
O parecer do MPF/RN aponta a participação de cada um dos oito envolvidos no esquema criminoso, voltado para a prática de exploração de máquinas caça-níquel, operações ilegais de câmbio de moeda estrangeira e lavagem de dinheiro, argumentando em todos os casos sobre o perigo dos envolvidos estarem em liberdade.
Conforme já exposto anteriormente pelo MPF em parecer ofertado no momento da representação formulada pela autoridade policial objetivando a decretação da prisão cautelar dos requeridos e busca e apreensão de bens a eles pertencentes, existem fundadas razões de autoria e participação dos requeridos na referida organização criminosa, destaca o parecer.
O MPF/RN ofereceu ainda dois pareceres contrários à revogação das prisões temporárias dos envolvidos Tufi José Bassil Neto e Maria Cláudia Brum Rigol, não sendo a última objeto de prorrogação da prisão temporária. Além disso, apresentou um segundo parecer contrário à liberdade provisória da indiciada Marlene Bastos Chueke.
Os argumentos do MPF/RN serão analisados pelo juiz substituto da 2ª Vara da Justiça Federal no Rio Grande do Norte.
Operação Escambo A Polícia Federal no Rio Grande do Norte, em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público Federal, deflagrou na quarta-feira, 29 de outubro, a Operação Escambo, a fim de desarticular uma organização criminosa sediada no Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Os supostos criminosos praticavam crimes contra o sistema financeiro nacional , câmbio clandestino de moeda estrangeira e crimes contra a ordem tributária. Também são suspeitos de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. No total, 137 policiais federais acompanhados de 23 auditores fiscais da Receita Federal cumpriram 26 mandados de busca em Natal e três em Belo Horizonte.
Operação 1357 No Rio de Janeiro, um desdobramento da Operação Escambo recebeu o nome de 1357, sob coordenação da Diretoria de Inteligência Policial (DIP). Segundo a investigação, o "bicheiro" Aniz Abrahão David, conhecido como Anísio da Beija-flor, e o agente da Polícia Federal Luciano Delgado seriam os chefes de uma organização criminosa.
Eles atuavam na exploração de máquinas caça-níquel, em operações ilegais de câmbio de moeda estrangeira e lavagem de dinheiro. Além dos dois, mais 13 pessoas foram presas na mesma operação.
Lista de envolvidos:
Nagib Teixeira Suaid
Almir Jose dos Reis
Alexandre Monte Pereira Dias
Cleveland Pereira Moraes
Valter Luiz de Souza
Sebastião Amaral Neto
José Maurício da Silva
Tufi Jose Bassil Neto
Maria Cláudia Brum Rigol
Marlene Bastos Chueke
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Rio Grande do Norte
Fones: (84) 3232-3960/ 9138-8678
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