MPF/RS quer plano de manejo e conselho gestor para unidade de conservação Ilha dos Lobos, em Torres
Refúgio da vida silvestre serve para preservação de espécies como o lobo e o leão marinho no litoral do Rio Grande do Sul
O Ministério Público Federal em Capão da Canoa (RS) ajuizou ação civil pública em face do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICM-Bio) pedindo a elaboração do plano de manejo e a constituição do conselho gestor do Refúgio de Vida Silvestre Ilha dos Lobos, situada no Município de Torres (RS). Criada há mais de 30 anos, a unidade de conservação está localizada em uma ilha e em seu entorno. Com área de 142,39 hectares, protege as espécies Otaria flavescens e Arctocephalus australis (leão e lobo marinhos).
O plano de manejo é o documento técnico que, com fundamento nos objetivos gerais da UC, disciplina as ações públicas e privadas a serem desenvolvidas na unidade de conservação. Já o conselho auxilia o administrador na gestão da unidade. O conselho é uma oportunidade de participação organizada da sociedade, administração pública e das populações vinculadas na gestão da UC.
Segundo o procurador da República Felipe da Silva Müller, autor da ação, “a gestão de uma unidade de conservação sem plano de manejo e conselho gestor é vazia, de modo que se demonstra imprescindível a finalização do processo referente à Ilha dos Lobos, seja pelo seu caráter insular, em que a fiscalização é dificultada, seja pelos grandes interesses econômicos predatórios envolvidos, consistentes na pesca, prática de esportes e aproveitamento turístico, atividades estas que sem regramento podem gerar risco direto e irremediável aos bens ambientais a serem protegidos”.
O processo tramita na Justiça Federal de Capão da Canoa sob o nº 5002362-87.2015.4.04.7121, e atualmente aguarda pronunciamento judicial sobre medidas urgentes postuladas.
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