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1 de Maio de 2024
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    MPRJ - COINPOL e GAECO desarticulam quadrilha instalada em Delegacia de Polícia

    Publicado por Nota Dez
    há 12 anos

    A Corregedoria Interna da Polícia Civil (COINPOL) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram, nesta quinta-feira (29/03), a Operação Macabu, com o objetivo de cumprir seis mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da Vara Única de Conceição de Macabu contra um delegado e três inspetores de Polícia Civil, além de um advogado e um guarda municipal do Município de Carapebus, no Norte Fluminense. O bando é acusado de extorsões mediante sequestro, formação de quadrilha armada, roubo, extorsões e usurpação de função pública na forma qualificada.

    Todos os denunciados foram presos ainda no início da manhã. Um Promotor de Justiça, delegados e agentes da COINPOL e do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) cumpriram os mandados de prisão e os de busca e apreensão nos municípios de Três Rios, Valença, Resende, Conceição de Macabu e Macaé.

    “Mais uma vitória do GAECO no combate ao crime organizado, em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública”, afirmou o Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Soares Lopes.

    De acordo com as investigações da COINPOL e do GAECO, os denunciados montaram um esquema de arrecadação de vantagens ilícitas na 122ª Delegacia de Polícia Civil, em Conceição de Macabu, Norte do Estado do Rio. A quadrilha, segundo denúncia do GAECO, simulava a existência de ilícitos, privando da liberdade o suposto criminoso e levando-o até o interior da delegacia. “Para, a partir de então, sempre com muita violência e gravíssimas ameaças, passar a exigir dos familiares da pessoa ilegalmente acautelada e da própria vítima altas somas de dinheiro, com a falsa promessa de deixar de lavrar o ilegal auto de prisão em flagrante e, em consequência, liberá-la”, descreve texto da denúncia.

    A organização criminosa era liderada por Roldenyr Alvez Cravo, delegado titular da 122ª DP à época dos delitos, segundo a denúncia. A quadrilha começou a ser constituída, de acordo com o GAECO, quando o Roldenyr assumiu a titularidade da DP de Conceição de Macabu, em meados de julho de 2011, trazendo com ele sua equipe de confiança, os inspetores de Polícia Civil Dennes Garcia Moreno Júnior, Marcos Vinícius Lopes e Claudio José de Faria, todos denunciados.

    Segundo o GAECO, o denunciado Pedro da Costa Linhares usava a profissão de advogado para pressionar as vítimas a pagar os valores exigidos, fazendo-as crer que essa era a melhor maneira, senão a única, de conseguir a liberdade. As investigações demonstraram, ainda, que o também denunciado guarda municipal de Carapebus José Eduardo Santos usurpava função pública de policial civil lotado na 122ª DP, dirigindo viatura oficial da unidade e realizando atividade típica de Polícia.

    De acordo com a denúncia do GAECO, em uma das ações criminosas, em agosto do ano passado, a quadrilha privou a liberdade de um comerciante e, por intermédio do guarda municipal, exigiram a quantia de R$ 25 mil em dinheiro como condição para liberá-lo.

    “Na ocasião, o denunciado José Eduardo Santos, dirigindo uma viatura oficial da 122ª DP, compareceu à oficina da vítima, onde afirmou que aquele local era utilizado para desmanche de veículos roubados. Obrigada a comparecer à referida delegacia munida de toda a documentação que comprovasse a regularidade do seu estabelecimento comercial, a vítima foi colocada em uma sala no fim do corredor, onde permaneceu com a liberdade restringida. A vítima somente depois de se comprometer a pagar R$ 1.500 foi libertada”, relata texto da denúncia.

    Em outubro do ano passado, o mesmo comerciante, segundo o GAECO, foi novamente vítima dos criminosos. A quadrilha exigiu o pagamento de R$ 12 mil em dinheiro para que seu depósito de areia não fosse interditado. Os denunciados também exigiram a transferência, por meio de contrato, de todo o maquinário empenhado em sua atividade empresarial, como preço para garantir que o depósito de areia da vítima não fosse interditado.

    A apuração das atividades da quadrilha armada foi iniciada a partir de relatório enviado pelo Promotor de Justiça titular de Conceição de Macabu, Ricardo Zouein, ao Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que acionou a Secretaria de Segurança Pública e o GAECO para investigar os fatos noticiados.

    Assinam a denúncia os Promotores de Justiça Claudio Varela, Coordenador do GAECO; Marcelo Maurício Arsênio, Subcoordenador do GAECO; Fabio Miguel de Oliveira; Tulio Caiban Bruno e Paulo Roberto Mello Cunha Junior.

    Fonte: Ministério Público do Rio de Janeiro

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/mprj-coinpol-e-gaeco-desarticulam-quadrilha-instalada-em-delegacia-de-policia/3073690

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