MPT viabiliza centro de formação profissional no extremo sul da Bahia
Nessa quarta-feira (04) foi lançada a pedra fundamental da unidade, que será mantida pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
TEIXEIRA DE FREITAS - Educação de qualidade para jovens e adultos. Esse será o resultado prático do acordo judicial firmado entre o Ministério Público do Trabalho e a Suzano Papel e Celulose, que permitiu a destinação da indenização por danos morais coletivos que a empresa se comprometeu a pagar para a construção de um completo centro de educação formal e profissional no município de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia. João Bosco, Jorge Cajazeira, Eliaquim Queiroz, Armando Costa Neto e Luis Breda
A solenidade de lançamento da unidade do sistema S no extremo sul da Bahia foi realizada na Pousada Lord, em Teixeira de Freitas e contou com a presença do procurador Eliaquim Queiroz, do diretor de relações institucionais da Suzano, Jorge Cajazeira, do superintendente do Sesi na Bahia, Armando Costa Neto, do diretor regional do Sesi, Luis Alberto Breda e do prefeito de Teixeira de Freitas, João Bosco. Depois de apresentarem o cronograma de construção e o projeto de funcionamento da unidade, todos seguiram até o terreno onde será erguido o prédio.
“Não tenho dúvida de que este centro educacional será um diferencial para o desenvolvimento do extremo sul da Bahia. Para o Ministério Público do Trabalho, é excepcional poder fazer com que os recursos que são pagos como indenização retornem como benefícios diretos para a população e é isso que estamos vendo aqui”, avaliou o procurador Eliaquim Queiroz, que integra o grupo especial constituído para negociar o acordo com a Suzano Papel e Celulose.
O diretor de relações institucionais da empresa, Jorge Cajazeira, lembrou que a construção do acordo foi difícil e trabalhosa, mas “graças à generosidade do MPT podemos hoje trazer este benefício para a região”. O acordo encerrou ação civil pública que o MPT movia contra a empresa por terceirização de atividades-fim. Além de custear a construção, a Suzano se comprometeu a contratar diretamente os trabalhadores que antes eram contratados através de empresas terceirizadas para a realização de serviços ligados à produção de celulose e papel.
Cajazeira também destacou que o centro terá papel importante na formação de mão de obra para a indústria no extremo sul. “Hoje, cerca de 60% de nossos funcionários são pessoas daqui do extremo sul, mas queremos que esse número chegue a 100%. Não só para a Suzano, mas para todas as indústrias que atuam aqui”, pontuou. O superintendente do Sesi Armando Costa Neto, revelou que a região abriga atualmente mais de 400 indústrias, que geram mais de quatro mil empregos. “Vamos iniciar os cursos aqui em 2017 e à medida que as demandas forem surgindo, pretendemos ampliar a capacitação profissional sempre em sintonia cm as necessidades da indústria”, explicou.
O prefeito de Teixeira de Freitas, João Bosco, destacou a importância para o município de abrigar grandes projetos de educação e formação profissional. “O dano causado no passado já passou. O que temos agora é a chegada do Sesi e do Senai, que se somam a outros importantes projetos que temos aqui, como universidades e escolas técnicas. O desenvolvimento depende de pessoas capazes e Teixeira de Freitas está se preparando para fazer de sua população pessoas capazes de gerar o desenvolvimento de toda a região”, afirmou.
A expectativa é de que 1.100 jovens sejam atendidos na unidade durante os dois primeiros anos de funcionamento da Unidade, que começa a ser construída no primeiro semestre do ano que vem. Os recursos para a obra já estão garantidos pela Suzano, que também viabilizou a doação do terreno localizado ao lado do shopping de Teixeira de Freitas para abrigar a unidade do Sesi/Senai. O centro também atenderá a população dos municípios de Prado, Alcobaça, Caravelas, Nova Viçosa, Medeiros Neto, Itamaraju e Mucuri. Além de oferecer educação formal, a unidade vai capacitar mão de obra para aproveitamento nas indústrias do extremo sul da Bahia.
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