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7 de Maio de 2024
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    MS cria grupo de trabalho após aumento da violência doméstica durante isolamento social

    Dados da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em Mato Grosso do Sul confirmam o que já se imaginava. O período de isolamento social, para evitar a proliferação do coronavírus, obrigou pessoas a ficarem em casa e resultou em aumento de casos de violência de doméstica e familiar contra a mulher.

    Como se sabe, o isolamento social pode provocar um ambiente extremamente perigoso e suscetível às mulheres que sofrem violência, vez que ficam confinadas ao lar, em espaço de tensão, em razão do convívio permanente com o abusador/agressor, enquanto cuidam dos filhos e do trabalho doméstico, enquanto vencem o medo de adoecer e a falta de dinheiro.

    Para se ter uma ideia em números, apenas no período de 20 de março a 16 de abril, em Mato Grosso do Sul foram concedidas 566 medidas protetivas. Os números sobre feminicídio abrangem um período maior de meses. De janeiro a março deste ano foram oito feminicídios e 17 tentativas de feminicídio.

    Diante desta realidade, foi criado um Grupo de Trabalho composto pelas assistentes sociais Vanessa Vieira, da Coordenadoria da Mulher do TJMS, Elaine de Oliveira França, do NUDEM da Defensoria Pública MS, e Elaine Flores, do NEVID do Ministério Público MS. O grupo tem se reunido por videoconferência para propor ações.

    De imediato, as profissionais já fizeram algumas sugestões, que foram aceitas pelas Coordenadorias. Dentre as propostas estão informar à Secretaria Municipal de Assistência Social quais os serviços disponíveis no sistema de justiça para mulheres em situação de violência na Capital; solicitar que o atendimento prestado à mulher nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) tenha um olhar mais apurado no que se refere à violência doméstica e, caso identificado, que se encaminhe com urgência a mulher aos serviços especializados da Rede.

    Entre as sugestões estão ainda destacar um representante de cada CRAS para esclarecimento e informações sobre a violência doméstica e a Rede de Enfrentamento com o grupo de trabalho, se esquecer que em Campo Grande existem 22 CRAS, distribuídos nas regiões de maior concentração de famílias em situação de vulnerabilidade, cuja função é disponibilizar serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica para as famílias.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/ms-cria-grupo-de-trabalho-apos-aumento-da-violencia-domestica-durante-isolamento-social/832670707

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