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4 de Maio de 2024
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    Mudança na aposentadoria pode acabar com tempo de contribuição

    Ao negociar com o Congresso para acabar com o fator previdenciário - mecanismo criado no início dos anos 2000 para inibir aposentadorias precoces no setor privado (INSS) -, o governo federal propôs nesta quarta-feira, em contrapartida, mudanças substanciais para os trabalhadores que ainda vão ingressar no mercado de trabalho: acabar com a possibilidade de o segurado requisitar aposentadoria ao completar 30 anos de contribuição (mulheres) e 35 anos (homens), independentemente da idade; e estabelecer a idade mínima para aposentadoria, sendo 60 anos para mulheres e 65 anos para homens.

    Hoje, a idade média de quem se aposenta por tempo de contribuição é de 55 anos (homens) e 52 anos (mulheres). Além da aposentadoria por tempo de contribuição, o INSS paga o piso previdenciário (salário mínimo) a quem atinge 60 anos (mulheres) e 65 anos (homens), e tenha um tempo mínimo de contribuição - benefício normalmente pago a donas de casas, por exemplo. Para os trabalhadores atuais, a regra do fator previdenciário (que considera idade, tempo de contribuição e expectativa de vida para calcular o benefício) seria substituído pela chamada “Fórmula 85/95”. Ela consiste na soma do tempo de contribuição com a idade: assim, mulheres poderiam se aposentar quando o total chegar a 85 e os homens, 95. Hoje, o valor máximo de aposentadoria pago pelo INSS é R$ 3,9 mil. Regra de transição para novos trabalhadores Para não prejudicar quem está prestes a se aposentar, seria criada uma regra de transição de cinco anos para que o segurado possa optar entre o fator e a nova fórmula. Quem entrou no mercado recentemente terá que ir além da soma de 85/95 anos. O governo quer aumentar essa conta gradativamente até chegar ao teto de 100 (homens) e de 90 (mulheres). Pretende, ainda, igualar aos poucos as regras entre homens e mulheres. As medidas em estudo preveem também que, para evitar esqueletos, frutos de ações judiciais, o Executivo deixe claro que o fim do fator não será retroativo. Ou seja, quem já se aposentou, utilizando a atual fórmula de cálculo não terá direito à revisão no valor do benefício. Segundo fontes do governo, há uma grande preocupação da equipe econômica com o fim do fator, que gerou entre 2000 e 2011, uma economia de R$ 31 bilhões para os cofres públicos. Para este ano a projeção é de R$ 9 bilhões. Por isso, a ordem é negociar com o Congresso um acordo que permita acabar com a forma de cálculo atual, mas, ao mesmo tempo, assegure novas receitas para não comprometer a sustentabilidade do regime de aposentadoria dos trabalhadores do setor privado. O assunto foi discutido nesta quarta-feira entre os ministros Guido Mantega (Fazenda), Garibaldi Alves (Previdência) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) com os líderes aliados na Câmara. Foi incluída na pauta de votação do plenário da Câmara, semana que vem, a proposta alternativa ao fator previdenciário, de autoria do deputado licenciado e atual ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário). - Sai da reunião confiante num acordo - afirmou Garibaldi Alves, que é favorável à exigência de idade mínima no INSS. Intenção é votar em, no máximo, dois meses Após a reunião no Ministério da Fazenda, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que haverá novas reuniões e que as medidas serão votadas em, no máximo, dois meses: - Faremos uma nova reunião no dia 10, depois de o governo levantar o número e as implicações, mas com o compromisso que em até dois meses votemos. É claro que é mais fácil falar do que fazer, mas era meu papel e dos líderes mostrar para o governo que este é um tema que está pautado e vai ser votado. Então é preciso ter os elementos disponíveis para negociar. Chinaglia confirmou que a chamada “Fórmula 85/95”, de Pepe Vargas, começa a ser aceita até pelas centrais sindicais, mas que ainda são necessários estudos para manter a Previdência equilbrada. O presidente da Câmara dos Deputados, Março Maia (PT-RS), que pautou a votação para semana que vem, afirmou: - As centrais estão a favor. Não acaba com o fator, melhora. É um projeto importantíssimo para o trabalhador, corrige uma injustiça. O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), reafirmou a pressão pelo fim do fator previdenciário: - O anseio é votar o texto do hoje ministro Pepe Vargas, todos querem votar.

    Fonte: O Globo

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    41 Comentários

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    O mais prático e indolor é primeiro mexer e fazer as reformas das aposentadoria do CONGRESSO/SENADO. Depois fazer uma análise por uns 06 meses e verificar se há necessidade de mexer na atual aposentadoria dos trabalhadores. Afinal de contas como temos que começar por algum lugar o mais prático e simples é começar pelo Congresso, pois vai atingir se não me falha a memória 533 pessoas, é mais simples não ?
    Acredito que mexendo no SENADO, no CONGRESSO e nos demais poderes teremos uma noção real do INSS. É bom lembrar que ao longo dos anos TODOS os Presidentes foram tirando direitos dos trabalhadores, fizeram uma forma de funil, prejudicando sempre os Trabalhadores e NUNCA foi alterado os "DIREITOS" do Congresso; o INSS sempre foi e esta sendo SUCATEADO, é uma fonte de dinheiro. Se fosse feito uma DEVASSA no INSS teríamos uma lista real de quem sempre se beneficiou e se beneficia quando precisa de dinheiro em caixa. É o que a população queria ver, mas infelizmente tanto a situação como a oposição ao longo dos anos nunca abriram as contas para a População. Lastimável. continuar lendo

    Faltou ao distinto comentarista considerar os prefeitos, vereadores, chupinzada opss, cargos de confiança, cargos fantasmas e etc.. Acredito que limpo esse pessoal o restante da população poderia aposentar-se com 25 anos de contribuição e idade minima de 41 anos. Tanto homens como mulheres, afinal sempre elas quiseram igualdades de condições. continuar lendo

    Jorge Roberto da Silva
    Não generalize, não quero igualdade de condições nunca! Não nascemos iguais a vocês, não temos os mesmos biotipos, cromossomos, neurônios e tudo mais. Estou bastante preocupada com o andar dessa carruagem, que indica mesmo um equilíbrio de tempo/idade para homens e mulheres, o que seria bastante injusto, já que somos física e emocionalmente mais fracas. Infelizmente a sociedade realmente acredita que todas as mulheres são feministas. Eu queria ter nascido na época dos patriarcas, foi nos imposto uma ideologia e modelo comportamental sem a vontade da maioria. Agora, essa limpa no funcionalismo público (eletivos e comissionados) realmente resolveria a questão previdenciária dos estados e da união DEFINITIVAMENTE. Pena estarmos falando de Brasil. continuar lendo

    No texto esta inserido "e nos demais poderes" continuar lendo

    Por mais que eles falem que o homem hoje em dia está vivendo mais do que antigamente, será que eles não esqueceram de fazer uma simples pesquisa?? Quantos % na casa dos 40, chegando aos 50 tem o mesmo "pique" de que quando tinham 30, 20 anos????
    Meu chefeee, dono da sua própria empresa, ele fala que não contrata homens com mais de 40 anos, que pra ele esse povo está velho e não vai render no serviço, ele mesmo fala que essas pessoas só vão ficar doentes e faltar para ir no médico, da mesma forma que ele é contra funcionárias que engravidam, pois é a primeira coisa que ele pergunta durante a entrevista de emprego.
    Querem tirar o prejuízo que estão tendo nos cofres públicos??? Aumentem a aposentarias deles de 8 anos para 100/90, façam uma revisão salarial no piso que eles recebem, mas para diminuiiir obvio, acredito que dessa forma o dinheiro que vai entrar nos cofres públicos vai ser bem maior. continuar lendo

    Político não é profissão e sim Prestação de Serviço. Tempo de Cargo Eletivo deveria ser como servir nas Forças Armadas, apenas conta para o tempo de trabalho.
    Não dá para continuar a carregar esse fardo. Ninguém deve ter aposentadoria diferenciada, principalmente os políticos.
    Também não entendo o por que da diferença entre homens e mulheres. Já é comprovado que elas vivem mais que os homens, produzem tanto quanto ou até mais e são mais inteligentes.
    Por que não copiar o modelo americano ou finlandes ou alemão de aposentadoria. Lá a Previdência Social não está quebrada. continuar lendo

    Eu tenho um livro editado pela própria Catho que confirma o que você está dizendo. Eles consideram os 45 anos a idade do declínio profissional, idade na qual passa-se a ter dificuldade em obter emprego e os profissionais são obrigados a aceitarem salários menores e decaída no padrão de vida. continuar lendo

    "O assunto foi discutido nesta quarta-feira entre os ministros Guido Mantega (Fazenda), Garibaldi Alves (Previdência) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais)"... essa matéria é antiga... no tempo que Dilma era a presidente... continuar lendo

    POIS É...E DEPOIS DIZEM QUE O TEMER É O CULPADO! continuar lendo

    Isso tudo quer dizer: Os jovens começam a trabalhar depois dos 25 anos, antes disso sendo sustentados pelos velhos que ainda continuam trabalhando. Complicado. continuar lendo