Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
20 de Maio de 2024
    Adicione tópicos

    Na Câmara, Grace defende que mulheres sejam tratadas com respeito e igualdade

    há 7 anos

    A advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça, defendeu a união de todos para lutar contra a violência doméstica e para construir uma sociedade que trate as mulheres com igualdade e respeito. As declarações foram feitas nesta terça-feira, durante participação em sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados para homenagear Mietta Santiago.

    Santiago foi uma escritora e advogada sufragista mineira, que na década de 1920 questionou a constitucionalidade da proibição do voto feminino e foi uma das primeiras mulheres a exercer direitos políticos no Brasil. Durante a sessão de homenagem, foram entregues medalhas com o nome da advogada a ela própria (in memoriam, recebida pelo filho Huldo Santiago) e ao juiz Bem-Hur Viza, coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Distrito Federal.

    “Mietta Santiago foi uma mulher além de seu tempo. E para quê? Para demonstrar que os direitos fundamentais são inerentes ao ser humano. Para dizer que todos nós, homens e mulheres, temos o direito de sermos tratados com igualdade. Foi além do seu tempo para garantir para as mulheres o direito de votar e ser votada, direito fundamental”, comentou Grace, que participou da mesa da sessão de homenagem.

    A advogada-geral também aproveitou a oportunidade para lembrar que a AGU defendeu a constitucionalidade da Lei Maria da Penha (nº 11.340/06), que nesta semana completa 11 anos de existência. “Hoje, ainda estamos aqui, homens e mulheres, lutando contra a violência doméstica. Que esta seja uma causa de todos nós e que possamos construir uma sociedade mais justa e um país melhor, em que a mulher seja tratada com respeito”, afirmou a ministra.

    Igualdade

    Sancionada no dia 7 de agosto de 2006, a Lei Maria da Penha foi discutida pelo Supremo Tribunal Federal em 2012 a pedido da AGU, que entrou com uma ação para que a Corte reconhecesse a constitucionalidade da norma. A atuação teve como objetivo acabar com decisões judiciais que, a partir do entendimento de que a norma afrontava o princípio da igualdade, dificultavam sua aplicação.

    Na ocasião, a Advocacia-Geral convenceu a unanimidade dos ministros do STF de que a lei, na realidade, concretizava o princípio da igualdade – protegendo mulheres que estavam em situação vulnerável e eram vítimas de violência doméstica. "O que é o princípio da igualdade se não também tratar desigualmente aqueles que se encontram em posição de desigualdade", afirmou Grace em sustentação oral realizada durante o julgamento.

    • Publicações11300
    • Seguidores166
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações19
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/na-camara-grace-defende-que-mulheres-sejam-tratadas-com-respeito-e-igualdade/485908030

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)