Na Esquina Democrática, Oliboni destaca aprofundamento de políticas para maior proteção às mulheres

Uma grande mobilização tomou conta da Esquina Democrática neste dia 12 de maio, em Porto Alegre. No entanto, não foram os aforismos do Dia dos Namorados que marcaram presença e sim o grito por um basta à violência contra as mulheres, na maioria dos casos cometida por namorados, amantes, maridos ou ex-maridos. A organização do ato foi coletiva, partiu de grupos e de movimentos de mulheres e homens que lutam pela equidade de gênero e contra a violência doméstica. Instituições estaduais somaram-se a luta, como a secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres e o Instituo de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPE-RS). O deputado Aldacir Oliboni e equipe de mandato somou-se a manifestação, junto com outros deputados da bancada Petista.

“Ações como esta demonstram a indignação da sociedade e a mobilização do próprio governo do Estado em prol da defesa das mulheres. Números chocantes nos chamam atenção, como o assassinato de nove gaúchas em menos de 15 dias. Nestes momentos, reafirmamos nosso compromisso em defesa das mulheres, pela garantia plena de seus direitos e contra a violência doméstica”, discursou o deputado, em meio a dezenas de homens, mulheres, bandeiras, cartazes e faixas que tingiram a Esquina Democrática de lilás.

Durante o ato, Oliboni e a equipe de gabinete também entregaram cartilhas com a Lei Maria da Penha ao público. Desde o início do mandato, já forma distribuídos cerca de 40 mil exemplares do material em todo o Estado.

ALERTA - Em 2013, 47 mulheres foram assassinadas por companheiros, maridos ou ex-maridos, sendo que a maioria já havia feito denúncia e registro de ocorrência policial. Para Oliboni, que foi relator da Subcomissão Especial da Mulher na Assembleia Legislativa, esta situação reforça a necessidade de ampliar a rede de proteção. “Um dos principais apontamentos NO Relatório Final da Subcomissão é, justamente, a necessidade de capilarizar as políticas públicas voltadas a proteção das mulheres nos municípios. Sabemos que em alguns dos casos recentes, a existência da Patrulha Maria da Penha, por exemplo, poderia ter salvado vidas”, alerta o parlamentar.

Estudo realizado pela Secretaria da Segurança Pública do RS reuniu dados desde 2006 e comprovou que 370 mulheres das 462 assassinadas até março deste ano no Estado já haviam relatado histórico de ameaças ou de agressões. Cerca de 70% das denúncias se referem a atuais ou ex-companheiros.