Negado novo pedido de liberdade ao médico Roger Abdelmassih
A juíza Kenarik Felippe, da 16ª Vara Criminal do Foro da Barra Funda, em São Paulo, negou ontem (16) o pedido de reconsideração da prisão do médico Roger Abdelmassih.
O advogado do acusado sustentou que Abdelmassih não representaria mais risco, já que ele teve o registro profissional suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.
A defesa do médico alegou que a denúncia "não descreve a data em que os fatos ocorreram e nulidade do processo em razão da ausência de exame de corpo de delito".
Mas a juíza não aceitou o argumento. "O dia e hora exata não são elementos indispensáveis, desde que os demais dados, como situação fática, ano, mês ou período provável, sejam suficientes para que o réu possa se defender", escreveu a magistrada em sua decisão.
"O processo é genuíno pelo elevado número de vítimas e testemunhas, que está a exigir a designação de várias audiências. Na denúncia foram arroladas 80 pessoas e na defesa preliminar foram arroladas 175 pessoas, sendo que parte delas não é do Estado de São Paulo", concluiu.
Roger é acusado de ter violentado 56 mulheres, a maioria pacientes de sua clínica de fertilização. Hoje (17) completa-se um mês desde sua prisão, ocorrida em 17 de agosto.
No dia 25 do mesmo mês, ele foi transferido para a Penitenciária de Tremembé, no interior do Estado. Antes, ele estava detido no 40º Distrito Policial (DP), na Vila Santa Maria, na zona norte da cidade de São Paulo.
No dia 2 de setembro, a Câmara Municipal de São Paulo cassou o título de Cidadão Paulistano concedido ao médico em 2002.
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