Negociação entre rodoviários e empresas avança e Capital pode ter 70% dos ônibus até quinta-feira
A mediação entre os sindicatos dos rodoviários e das empresas de ônibus, realizada na tarde desta segunda-feira, no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), encaminhou um acordo em três importantes cláusulas do dissídio coletivo da categoria: reajuste salarial, vale-alimentação e plano de saúde. A direção do Sindicato dos Rodoviários e o Comando de Greve consideraram boas as propostas e as defenderão às 8h desta terça-feira, em assembleia no Ginásio Tesourinha, onde haverá votação sobre elas.
A validade do acordo é condicionada ao retorno dos ônibus às ruas da Capital a partir do meio-dia desta terça-feira, de modo que 70% da frota esteja em operação até 16h. A partir disso, o mesmo percentual deverá ser mantido até a meia-noite de quinta-feira. Durante os dias 5 e 6 de fevereiro, as empresas e os rodoviários discutirão os demais itens do acordo coletivo, com o objetivo de encerrar a greve.
Os itens propostos pelo sindicato patronal são o reajuste salarial de 7,5%, o aumento do vale-alimentação de R$ 16 para R$ 19 e a fixação da parcela de contribuição dos empregados no plano de saúde em R$ 10, em vez de R$ 40.
Caso não haja acordo na assembleia da categoria ou após as 48 horas de negociação das demais cláusulas, a greve voltará a ser considerada ilegal pela Justiça do Trabalho, autorizando as empresas a descontarem os dias parados dos empregados. Também será retomada a multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento da ordem judicial de 70% da frota nos horários de pico e de 30% no restante do dia.
A audiência foi conduzida pela presidente do TRT-RS, desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, com a participação da procuradora regional do Trabalho Beatriz Junqueira Fialho.
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