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30 de Abril de 2024
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    No próximo dia 1°de setembro haverá uma mobilização nacional pelo resgate do Delegado de Polícia como carreira jurídica.

    MOBILIZAÇAO NACIONAL PELO RESGATE DO

    DELEGADO DE POLÍCIA COMO CARREIRA JURÍDICA

    1. Organização:

    1.1.

    Associação dos Delegados de Polícia do Brasil ADEPOL DO BRASIL;

    1.2.

    Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal ADPF e

    1.3.

    Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal FENADEPOL.

    2. Participantes:

    Delegados de Polícia Civil e da Polícia Federal de todo o Brasil

    3. Data:

    Quarta-feira - 1º de setembro de 2010, a partir das 10hs.

    4. Local/Ação:

    4.1.

    Brasília/DF Dia Nacional de Mobilização pelo resgate do Delegado de Polícia como carreira jurídica

    4.1.1 Concentração no Ministério da Justiça e

    4.1.2 Concentração na Câmara dos Deputados.

    5. Objetivos:

    5.1 Tornar público a insatisfação dos Delegados de Polícia com o tratamento dispensado pelos governos à Polícia Judiciária no Brasil Polícias Civis e Polícia Federal;

    5.2. Fazer gestão junto à classe política pelo resgate do Delegado de Polícia como carreira jurídica, conforme expresso originariamente pelo Constituinte de 1988 e

    5.3. Colher dos candidatos no pleito eleitoral de 2010 o compromisso com o fortalecimento da Polícia Judiciária brasileira.

    CARTA COMPROMISSO COM A POLÍCIA JUDICIÁRIA

    A cada novo pleito é renovada a esperança de que Segurança Pública deixe a condição de simples discurso eleitoral para se tornar concretamente uma política de Estado e uma prioridade de governo.

    A construção de uma Polícia Judiciária, como anseia a sociedade brasileira, essencialmente técnica, apolítica e apartidária, requer um processo contínuo de modernização institucional que não pode ser ignorado ou permanecer indefinido.

    Isso impõe à classe política uma série de medidas e ações efetivas que impliquem num compromisso permanente com a mudança do atual contexto de intranqüilidade e insatisfação vivenciado pela Polícia Judiciária no país.

    Assim, compete às entidades signatárias, enquanto representações classistas nacionais, o dever de alertar aos futuros governantes e parlamentares que as expectativas de melhorias no âmbito da Polícia Judiciária ao longo dos anos têm sido infelizmente frustradas.

    No momento em que o Brasil se prepara estrategicamente para dois grandes eventos internacionais - a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 - questões imprescindíveis para a estabilidade e a eficiência da Polícia Federal e das Polícias Civis permanecem sem solução.

    É inaceitável que até hoje essas corporações policiais funcionem sem as suas respectivas leis orgânicas, cujas proposições legislativas se arrastam no Congresso Nacional diante do desinteresse político de governantes e parlamentares.

    A classe dirigente assiste omissa e, por vezes até alimenta, a desagregação do Sistema Único de Segurança Pública SUSP e do Sistema de Persecução Penal. Negligencia a necessidade de um março regulatório legal com competências e atribuições claramente delimitadas entre os operadores dos referidos sistemas. Ignora a crescente usurpação das funções de Polícia Judiciária por outros órgãos e instituições em absoluta afronta ao disposto na Constituição Federal. Omite-se em face dos embates decorrentes da indefinição sobre o poder investigatório e o controle externo da atividade policial pelo Ministério Público. Dessa forma, permite desentendimentos e crises institucionais perfeitamente evitáveis entre as Polícias e destas com o Ministério Público e o Judiciário.

    É desestimulante o tratamento dispensado à Polícia Judiciária. As recentes mudanças legislativas e as políticas governamentais em curso são caracterizadas pela discriminação e desvalorização. Enquanto Advocacia e Defensoria Pública crescem na valorização de suas funções à semelhança do Judiciário e do Ministério Público, a Polícia Judiciária sofre com o esvaziamento constitucional de sua importância.

    Tal fato se observa pela resistência ao reconhecimento das peculiaridades da aposentadoria policial; da natureza de carreira jurídica aos Delegados de Polícia; de uma política remuneratória justa e digna; de direitos humanos também aos policiais; de uma gestão autônoma e estruturada para a Polícia Judiciária e de uma legislação processual realmente comprometida com o combate ao crime organizado, à corrupção e à impunidade.

    Por tais razões, manifestamos a nossa preocupação, ao tempo em que renovamos a nossa fé de que os novos governos saberão enfrentar essas questões, não deixando como legado às futuras gerações as mencionadas indefinições, o que poderá ser solucionado mediante compromisso político com as seguintes medidas e ações:

    - Aprovação da Lei Geral das Polícias Civis e da Lei Orgânica da Polícia Federal;

    - Reestruturação administrativa das Polícias Civis e da Polícia Federal visando à garantia de uma autonomia gerencial que preserve a capacidade de investimento e custeio em favor da infra-estrutura, do reapelhamento e da capacitação policial;

    - Mandato e escolha dos dirigentes das Polícias Civis e da Polícia Federal entre integrantes da carreira de Delegados de Polícia;

    - Ser ouvido pelos órgãos governamentais e colegiados deliberativos na discussão de proposições legislativas e de políticas públicas destinadas ao segmento de Polícia Judiciária como é o caso da reforma do CPP, da nova lei sobre abuso de autoridade, do novo programa de Direitos Humanos e da constituição do Conselho Nacional de Segurança Pública - CONASP;

    - Reestruturação das carreiras com uma política remuneratória justa e direitos humanos para os policiais;

    - Valorização da carreira de apoio administrativo nas Polícias Civis e na Polícia Federal;

    - Manutenção da aposentadoria policial com paridade e integralidade;

    - Reinserção constitucional dos Delegados de Polícia como carreira jurídica;

    - Criação do Conselho Nacional de Polícia Judiciária para dispor normativamente sobre o controle externo das atividades das Polícias Civis e da Polícia Federal a ser observado pelas respectivas Corregedorias e Ouvidorias;

    - Modernização da legislação processual e das leis sobre crime organizado e lavagem de dinheiro com a ampliação da capacidade investigatória da Polícia Judiciária;

    - Implementação do Sistema Único de Segurança Pública - SUSP com a expressa delimitação do campo de atuação de cada organismo policial, a fim de incentivar ações integradas que preservem as suas respectivas atribuições legais;

    - Previsão de Fundo Constitucional para Segurança Pública e de garantias legais contra o contigenciamento orçamentário e financeiro com a destinação de parcela de seus recursos para a Polícia Judiciária.

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