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19 de Junho de 2024
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    Nome no SPC: para STJ, inscrição indevida não garante dano moral

    Publicado por COAD
    há 14 anos

    Cadastro indevido no SPC não constitui dano moral se já existe inscrição legítima

    Não cabe indenização por dano moral em caso de anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito quando já existe inscrição legítima feita anteriormente. Com essa observação, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor Rocha, suspendeu decisão da Justiça maranhense que havia condenado um supermercado ao pagamento de indenização por danos morais.

    Na reclamação dirigida ao STJ, o advogado da empresa protestou contra a decisão da Terceira Turma Recursal e Criminal do Juizado Especial Cível do Estado do Maranhão, a qual, se for executada, pode causar à empresa enormes prejuízos, de difícil reparação.

    Segundo alegou a defesa, o supermercado foi condenado ao pagamento de R$ 6 mil por danos morais, por ter inscrito indevidamente o nome de cliente no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), mesmo com a existência de outras inscrições do nome do autor da ação em cadastro de inadimplente.

    Para o advogado, a decisão da Justiça estadual está em desacordo com entendimento já firmado pelo STJ, constante da Súmula n. 385, que dispõe: Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.

    Cesar Rocha concedeu a liminar, reconhecendo presentes os requisitos da medida urgente. Com efeito, ao que parece nesta análise perfunctória, o aresto impugnado destoa do entendimento desta Corte e a sua execução imediata pode ensejar dano de difícil reparação à reclamante, considerou.

    Ainda segundo o presidente do STJ, estão demonstrados suficientemente a plausibilidade das alegações e o perigo na demora. Defiro o pedido de liminar para suspender a eficácia do acórdão prolatado pela Terceira Turma Recursal Cível e Criminal do Juizado Especial Cível do Estado do Maranhão, até ulterior deliberação do relator da reclamação, concluiu Cesar Rocha.

    Após o envio das informações solicitadas pelo presidente ao juízo reclamado, o processo segue para o Ministério Público Federal, que dará parecer sobre o caso.

    Processo: RCL 4310

    FONTE: STJ

    Nota - Equipe Técnica ADV: A discussão acerca da inscrição indevida junto aos cadastros de restrição ao crédito também envolvem demandas do denominado "devedor contumaz". Segundo entendimento da 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, devedor contumaz inscrito no cadastro de restrição de créditos não tem direito à indenização por falta de notificação prévia ou mesmo quando uma anotação é indevida (considerando a existência de outras legítimas). A conclusão foi definida no regime dos recursos repetitivos, conforme a Lei n. 11.672/2008.

    Veja:

    Devedor contumaz: cadastro em rol de inadimplentes não gera dano (Notícia COAD em 17/12/2008)

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