Novo prefeito assume em Rio Branco do Sul
Curitiba - O vice-prefeito de Rio Branco do Sul, Emerson Santo Stresser (PMDB), assumiu ontem a Prefeitura da cidade após a renúncia do até então prefeito Amauri Cezar Johnsson (PSC). Emerson ficará menos de três meses a frente da administração municipal uma vez que, no início de 2009, ele volta à vice-prefeitura cargo para o qual foi eleito em outubro, em chapa composta com Adel Ruts (PP).
Amauri Johnsson renunciou após a 2 Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná ter determinado seu afastamento, no último dia 17 de outubro.
O ex-prefeito foi acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de ter cometido o crime de formação de quadrilha e fraude em licitação, pela suposta contratação irregular e superfaturada de uma empresa para atuar no transporte escolar do município. De acordo com o MP, o ex-prefeito e outras quatro pessoas teriam onerado os cofres municipais em cerca de R$ 7,2 milhões, em valores não atualizados.
Logo após sair derrotado das eleições, Amauri também foi acusado de ter abandonado a cidade, deixando precários os serviços públicos essenciais como o atendimento à saúde e interrompendo o serviço de abastecimento de água, que é feito por uma empresa pública municipal.
O ex-prefeito rebateu as acusações e afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que renunciou porque considerou inviável terminar a sua administração e pretende, com isso, facilitar o processo de transição para a nova gestão. Ele diz que estava sendo sucessivamente boicotado por parte de seus adversários, a que atribui, inclusive, o corte do abastecimento de água e a ausência da coleta de lixo após o resultado do último pleito.
Ainda segundo a assessoria, ele nega que tenha cometido fraudes em processos de licitação e afirma que as contratações dos serviços da prefeitura durante sua gestão foram feitas de acordo com a lei e optando sempre pelo menor preço, conforme teria ocorrido com o transporte escolar e a limpeza pública.
De acordo com o advogado do ex-prefeito, Renato Andrade, mesmo com a renúncia ele pretende recorrer da sentença que levou ao afastamento de Amauri, porque a decisão estaria equivocada e a contratação da empresa sem licitação diria respeito a um contrato emergencial, previsto na legislação.
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