O apartamento usado está em alta.
Venda de imóveis antigos ganha novo impulso; favorecida pela praticidade do Centro da cidade e o tamanho da área útil.
Londrina cresceu consideravelmente nos últimos anos, de leste a oeste e de norte a sul. Num passado não muito distante, o centro de Londrina era considerado o mais cobiçado ponto de moradias da cidade. Pela falta de terrenos e da possibilidade de se construir novos empreendimentos perdeu espaço. Terrenos baldios e plantações do ouro verde na Gleba Palhano (Zona Sul) foram se transformando dia a dia em edificações glamourosas, cujo metro quadrado pode custar até R$ 3,7 mil.
Em meio a esse cenário que muda a paisagem da cidade constantemente há ainda quem prefira optar pela compra de imóveis antigos no centro da cidade, reformar e morar. A justificativa é o custo benefício, o conforto que o tamanho dos apartamentos oferece, além da localização privilegiada, perto de tudo: escolas, bancos, farmácias e supermercados.
Os apartamentos no centro de Londrina demoraram para se valorizar. Isso só aconteceu depois da expansão da Gleba Palhano. Gosto de dizer que essa efusão foi o mesmo que chacoalhar a roseira de Londrina na questão do crescimento imobiliário , enfatiza o gestor imobiliário da Santa América Imobiliária, Pedro Moretto, 78 anos. Tanto que até a Zona Norte que antes não era valorizada, se valorizou. Alguns terrenos da Saul Elkind custam o mesmo que um terreno da Higienópolis atualmente, exemplifica.
Os imóveis mais antigos localizados na área central da cidade, de acordo com Moretto, estão depreciados e têm o valor do metro quadrado bem abaixo do que é praticado hoje no mercado imobiliário londrinense. É possível comprar um apartamento no centro de Londrina pagando R$ 1,5 mil o metro quadrado, uma diferença que tem de ser levada em consideração, diz. Um apartamento com 420 m2, três vagas na garagem, pronto para morar, custa R$ 550 mil. Um ótimo negócio, analisa. É um valor baixo se comparado com esses novos empreendimentos que surgem.
Apartamentos de 180 a 200 m2, no centro, conforme Moretto, custam hoje em torno de R$ 300 mil. Com uma reforma básica de pintura e troca de piso, que não deve exceder R$ 50mil, ainda compensa para quem tem capital, diz.
Na Gleba Palhano, um empreendimento já entregue, com 660,4 m2 de área total e 445,83m2 de área útil, um apartamento não sai por menos de R$ 1,5 milhão o mais barato. O metro quadrado nesse caso custa R$ 2.271 e o do mais caro chega a R$ 3.700. Unidades foram vendidas por até R$ 2,5 milhões, informa Moretto.
Um outro empreendimento na mesma região, com uma metragem de 79m2 de área útil e 128m2 de área total, com taxa de condomínio estimada em R$ 150 tem sido comercializado entre R$ 180 mil a R$ 210 mil. A área de lazer desses novos empreendimentos é indiscutível, diz ele, ressaltando que o imóvel novo tem o valor do metro quadrado também atualizado.
A venda de imóveis novos de alto padrão, na opinião de Pedro Moretto, é favorecida em função do pagamento facilitado da entrada e das atuais regras dos financiamentos habitacionais.
Fonte: Folha de Londrina
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