O caso Suzy
Trans entrevistada por Drauzio Varela no Fantástico comove sociedade e choca ao mesmo tempo.
Semana passada, Suzy foi mostrada no programa dominical da rede globo, mostrando o drama das transexuais que vivem na solidão nas penitenciárias brasileiras. A reportagem iniciou com a fala da trans, dizendo que não recebe visitas há 8 anos, "solidão né minha filha", acrescentou. Além disso, noticiou-se que são abusadas, discriminadas e se prostituem para conseguir até pasta dental.
O programa então, disponibilizou o endereço da detenta para que quem quisesse enviasse cartas a mesma, livros e outras forma de diminuir a solidão enfrentada.
Contudo, o que chocou foi o que se soube uma semana após a reportagem: Suzy, antes chamado de Rafael, está cumprindo pena por estuprar e estrangular uma criança de 09 anos e a deixar apodrecer na sala de sua casa, segundo a reportagem do Jornal o Antagonista.
A polêmica surge então: O que antes sentiam pena, agora se revoltam pela omissão do crime na reportagem que mostrou a detenta, romantizando a solidão de uma pessoa altamente perigosa para o convívio social.
Contudo, sem nos aprofundarmos no julgamento da detenta, já que a mesma já está presa cumprindo sua pena, a reflexão necessária é sobre as condições cruéis que vivem detentos e detentas do nosso país, e sobre a vigilância de nossas crianças, que não devem nunca permanecerem sozinhas, afim de se evitar uma barbárie como essa.
Precisamos educar, vigiar, proteger toda a sociedade, mas também punir sem crueldades quem comete os culpados.
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