O modus operandi da Imprensa Vermelha Isenta
Adroaldo Guerra Filho provocou indignação e irritou a torcida do Grêmio no seu comentário pós-jogo em Guayaquil, Equador. A pauta principal na noite gloriosa do Grêmio foi a "difícil renovação do contrato de Luan", quando deveria ser a grande vitória gremista por 3x0. Este é apenas um exemplo - não o primeiro, nem o último - da forma como age a IVI - Imprensa Vermelha Isenta.
Em 1983, ano da conquista do Mundial, ocorreu o ato mais perverso da Imprensa Vermelha Isenta. Na época não havia internet e os meios de comunicação eram limitados e comandados pelos vermelhos. Em vez de oportunizar ao torcedor tricolor a transmissão da comemoração do título em Tóquio (TV Gaúcha), houve a interrupção surpreendente.
E o que entrou no lugar? Uma entrevista realizada por João Bosco Vaz, gravada dias antes com Renato Portaluppi – o autor dos gols da vitória, ídolo da torcida - abordando o interesse de clubes italianos na sua aquisição. Atitude injustificável que revelou a irritação da IVI com a alegria azul.
O mesmo acontece com as competições de que participa o Tricolor. Vejam agora, na Libertadores de 2017, Pedro Ernesto Denardin começou a classificar a competição "como a de pior nível técnico dos últimos anos". A onda se alastrou e, em plena semana do jogo decisivo das semifinais, os espaços do grupo RBS (IVI da Ipiranga) apresentaram duas matérias diminuindo a força da competição.
Tipo: se ganhar, é coisa pequena...
E o jornalista Diego Olivier? Pasmem! Apenas 24 horas após a classificação do Grêmio para a final da Libertadores revolveu do baú a história da compra da Arena. Mas isso não foi suficiente: 48 horas depois começaram a vender o Arthur.
Já na beira do Guaíba, com o "clube dos vermelhos", é diferente. Tudo é maior do que é! Parece manchete de jornal italiano: "Tutto più (più grande, più meglio, più bello)".
Quando o Inter disputou a Libertadores em 2015, a IVI referiu-se à competição como a "Libertadores dos Gigantes" ou "Libertadores de Grande Nível". A certeza da vitória era tão firme que o jornalista Meneghethi, do grupo Bandeirantes, assumiu que era torcedor fanático com o cântico: “Vamu vamu, Inter". Deram-se mal, perderam.
Quando o Inter vence, seja qual for o campeonato, a cobertura é exaustiva, são dias de transmissão, reprises e entrevistas.
Aguardem! Se os vermelhos vencerem a Segundona (ou “Brasileiro Série B” – conforme codinome aplicado pela IVI), os vermelhos serão exaltados!
A IVI é previsível desde os anos 40. É imbatível! Nenhuma imprensa esportiva do mundo a supera! A charge que ilustra este meu artigo de hoje retrata bem o que penso da Imprensa Vermelha Isenta.
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