O papel do juiz como escritor é debatido no TRF4
Uma das habilidades essenciais para o trabalho do juiz, seja em audiências ou na redação de decisões, é a de bem comunicar. Visando o aprendizado dessa competência, o advogado e jornalista José Antônio Pinheiro Machado apresentou hoje (11/10) a palestra “O juiz como escritor”, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
Pinheiro Machado abordou, por meio de sua experiência como jornalista, escritor e advogado, diversos exemplos da literatura e da escrita. A proposta foi estimular os magistrados em formação a refletirem sobre as diferentes perspectivas da escrita.
A palestra abriu o novo módulo do Curso de Formação Inicial para os novos juízes federais substitutos da 4ª Região. Estiveram presentes o coordenador do módulo, desembargador federal Cândido Alfredo da Silva Leal Junior, o diretor da Escola da Magistratura (Emagis), Victor Luiz dos Santos Laus, a desembargadora federal Marga Inge Barth Tessler e o juiz federal Marcel Citro de Azevedo.
Marga e Azevedo falaram com os juízes sobre o tema “Juízes que lêem e escrevem outros textos”. Os magistrados trouxeram experiências de como a vida pode ser refletida na literatura, servindo como inspiração nas tomadas de decisões, além de permitir o conhecimento de outras vivências.
Novo módulo
O módulo “Técnica da decisão judicial” iniciado hoje pretende trabalhar questões relacionadas à elaboração e técnica dos atos decisórios e das audiências. Os novos juízes receberão um panorama sobre as competências necessárias na redação de decisões e sentenças, envolvendo a palavra e o texto do juiz para uma boa comunicação de um modo geral.
Para o desembargador Leal Junior, é importante que os novos magistrados sejam expostos a experiências e perspectivas diferentes por meio da literatura e da escrita, pois isso ajuda na formação da personalidade e individualidade do juiz. “Numa sociedade complexa como a nossa, em que cada vez mais se exige do juiz conhecimentos múltiplos e perspectivas distintas para dar conta dos mais variados e controversos temas, polêmicos e atuais, é importante sempre estarmos atentos a essas questões, permitindo que os juízes desenvolvam habilidades não apenas de escrita, mas também de comunicação, leitura e interpretação dos diversos contextos em que estão inseridos”, afirmou o magistrado.
Curso de formação
O curso de formação inicial para os novos juízes federais substitutos tem coordenação geral do desembargador federal Victor Laus e coordenação pedagógica da assessora da Emagis, Isabel Cristina Lima Selau. A atividade ocorrerá na sede do TRF4, em Porto Alegre, até o dia 19 de dezembro, com 210 horas de atividades teóricas e 240 horas de atividades práticas e estágio supervisionado, dividas em quatro eixos.
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