Obras da ponte sobre o rio Negro estão em ritmo acelerado, destaca Omar

O governador em exercício do Amazonas, Omar Aziz, visitou na terça-feira, dia 13 de janeiro, as obras da Ponte sobre o Rio Negro e as intervenções viárias que estão sendo realizadas nos municípios no entorno de Manaus. Mais do que uma mera ligação viária, a obra que vai modificar o cenário sócio-econômico do Amazonas, está em ritmo acelerado.

Segundo Omar Aziz, os trabalhos de construção já movimentaram mais de um milhão de metros cúbicos de terra, o equivalente a 55 mil caçambas cheias. Mesmo com todas as obras paralelas, estamos com o cronograma em dia e a expectativa é entregarmos antes da data prevista pelo Consórcio Ponte do Rio Negro, que é em março de 2010, destaca.

No projeto de infra-estrutura civil são, além dos gerentes que atuam diretamente no campo, cerca de 500 amarelinhos, somados aos 1200 operários do consórcio, o que totaliza mais de 1.700 empregos diretos gerados com a obra. Segundo o consórcio, ainda existem vagas para ajudantes de pedreiro e carpinteiro, cujos interessados devem procurar o SINE, Sistema Nacional de Empregos, na Avenida Joaquim Nabuco, 878, Centro.

No estágio atual, a ponte já conta com 25% de suas fundações assentadas, com 11 pilares já concluídos. Os trabalhos de construção da ponte avançam, ainda, em várias etapas como: sondagens, cravação e concretagem das estacas, que são cravadas no leito rio para formar os 74 apoios da Ponte sobre o Rio Negro. Em água já foram cravadas 60 estacas, que chegam a setenta metros de profundidade. Em terra, na margem esquerda do Rio Negro, (Manaus) os trabalhos estão concentrados na concretagem dos vãos dos tabuleiros dos apoios da ponte.

Além de oferecer a ponte, é preciso oferecer acesso aos municípios. Aqui na margem direita do Rio Negro, nós já trabalhamos mais de 5600 metros, onde foram colocados cerca de um milhão de metros cúbicos de terra, a mesma coisa está sendo feita na margem esquerda, disse.

Treliça Metálica é inovação

Equipamento que representa verdadeira inovação no Amazonas, uma vez que só há um outro operando no país - em São Paulo -, a Treliça Metálica de Aspen, importada da Itália, é o único capaz de movimentar as vigas longarinas da ponte, que pesam 131 toneladas e medem mais de 43 metros de comprimento. Essas vigas são levadas pela Treliça de Aspen, que suporta até 140 toneladas, do pátio de fabricação até os apoios em terra ou em água.

Manaus, Iranduba, Novo Airão e Manacapuru serão os municípios diretamente beneficiados com a ponte sobre o Rio Negro. No entanto, as cerca de 30 cidades das Calhas do Médio e Alto Solimões, ganharão, com a ponte, o porto de Manacapuru, além de outras obras viárias em curso, economia de tempo no transporte dos produtos que vêm dessas regiões.

Isso, somando-se à implantação do gasoduto Coari/Manaus, dará a esses municípios uma nova dinâmica econômica, barateando o escoamento da produção agrícola, fazendo a integração regional e, ainda, trazendo incremento ao turismo e ao desenvolvimento urbano. Com isso, milhares de amazonenses serão beneficiados e não só os municípios que fazem parte aqui do outro lado do Rio Negro, como também os municípios do Baixo e Alto Solimões, ressalta Omar.

Região Metropolitana de Manaus

Principal obra entre as que formam as frentes de intervenções da Região Metropolitana de Manaus (RMM), a ponte sobre o Rio Negro ligará Manaus ao município de Iranduba, entre a Ponta do Ouvidor, no bairro da Compensa, em Manaus, e Ponta do Pepeta, em Iranduba. Com mais de 3.600 metros de extensão, a obra, que se constituirá na segunda maior ponte fluvial do mundo, conta com projeto de construção com dois trechos convencionais e dois estaiados, ou seja, suspensos por cabos ou estais, localizados na parte central do rio, sustentados por uma torre em forma de diamante.

Além de Manaus, o município de Iranduba, no outro extremo da ponte, está sendo alvo de obras viárias que irão aprimorar a infra-estrutura viária da região, com obras de tapa-buraco, terraplanagem, drenagem superficial e profunda, pavimentação em vias completas e construção de novas vias, com vistas também a melhorar o fluxo de veículos na alça de descida da obra. No que de refere à terraplanagem da parte viária da ponte, 95% desse trabalho já foi concluído, bem como as obras de escavação, armação e concretagem dos blocos de fundações dos apoios em terra.

A ponte vai facilitar o escoamento das produções do interior do Estado à capital, que é o maior centro consumidor. Então, isso é um conjunto de ações, onde o Governo faz a infra-estrutura e dá condições para que os produtos cheguem ao centro consumidor com preço e qualidades melhores, destaca Omar. Números da Ponte:

- Comprimento total aproximado da ponte: 3.600 m;- Comprimento trecho estaiado: 400 m;- Plataforma de 22,60 m;- Comprimento acesso da margem direita: 5.580 m;- Comprimento acesso da margem esquerda: 1.940 m;- Altura do mastro central: 162 m.- Altura do vão central: 55 m. - 25% das obras concluídas 22.200 metros cúbicos de concreto utilizados- Segunda Maior ponte fluvial do mundo (Primeira sobre o Rio Orenoco)