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17 de Junho de 2024
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    Operação Paquetá prende 6 e leva à interdição de cartório em Planaltina de Goiás

    Um total de seis pessoas presas, um cartório de registro de imóveis interditado e dez mandados de busca e apreensão cumpridos este é o balanço parcial divulgado da Operação Paquetá, deflagrada nesta quinta-feira (22/8) na comarca de Planaltina de Goiás. A ação conjunta mobilizou o Ministério Público de Goiás por meio do Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e as Promotorias de Planaltina , MP do Distrito Federal (MPDFT), Polícias Civis de Goiás e do DF, Polícia Militar de Goiás e Poder Judiciário. O nome da operação faz referência a um bairro da cidade do Entorno afetado pelas fraudes e falsificações de escrituras de imóveis realizadas pela quadrilha investigada.

    Segundo apurado até agora, o grupo criminoso agia dentro do 1º Tabelionato de Notas e Oficio de Registro de Imóveis de Planaltina de Goiás, contando com a colaboração de agentes públicos para a prática de crimes como formação de quadrilha, falsificação de documento público e particular, uso de documento falso, estelionato, ameaça e invasão de domicílio. Entre os detidos na operação está o tabelião responsável pelo cartório, um advogado e dois policiais militares que dariam apoio às ações fraudulentas de despejo orquestradas pela quadrilha. Dois mandados de condução coercitiva também forma cumpridos no curso da operação.

    Cartório fechado

    Com a prisão do tabelião, o cartório acabou interditado e ficará fechado temporariamente até a nomeação de novo responsável. Os presos na ação conjunta, depois de ouvidos na sede do MP-GO em Planaltina, seriam conduzidos no início da noite para a carceragem da Delegacia de Polícia da comarca, com exceção dos PMs, que seriam transferidos para Goiânia.

    Entre o material apreendido estão documentos, computadores, algumas armas, R$ 112 mil (R$ 11,5 mil em espécie e o restante em cheques), além de um veículo clonado um Camaro amarelo. Outros veículos ainda estão sendo procurados.

    Escrituras forjadas

    As investigações realizadas até agora apuraram que a quadrilha investigada apropriava-se de forma ilegal e arbitrária de imóveis de cidadãos do Setor Jardim Paquetá, utilizando-se de um arrojado esquema que visava fraudar documentos e prejudicar legítimos proprietários.

    De acordo com as informações levantadas pelos promotores, a fraude foi orquestrada a partir de uma procuração fraudada. Com base nesse documento, foram forjadas escrituras de terrenos no Jardim Paquetá referentes a imóveis já ocupados. Esses bens foram, então, novamente vendidos pela imobiliária pertencente ao filho do tabelião. Ordens de despejo dos legítimos proprietários das áreas chegaram a ser cumpridas pelos PMs envolvidos no esquema, segundo apurado na investigação. A ação criminosa vinha acontecendo desde 2009, mas se intensificou no ano passado. (Texto: Ana Cristina Arruda/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO, com informações do CSI e Promotorias de Planaltina Foto: João Sérgio)

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