Operação prende médico perito e evita prejuízo de R$ 25,9 milhões
Perícias eram agendadas sem registro na agenda oficial e dados falsos inseridos no sistema do INSS. Foto: Polícia Federal/Divulgação
O esquema criminoso fraudava benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: atendimentos eram feitos sem registro na agenda oficial de perícia, em uma Agência da Previdência Social de Blumenau. Em seguida, os benefícios irregulares eram concedidos mediante a inserção de dados falsos no sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ficou comprovado que muitos desses beneficiários mantinham algum tipo de inter-relacionamento, sendo que, ao menos, 16 pessoas são de um mesmo grupo familiar.
O prejuízo foi de pelo menos R$ 3,3 milhões, e a economia com a interrupção dos pagamentos será de R$ 25,9 milhões, levando-se em consideração o tempo em que as aposentadorias por invalidez seriam pagas, com base na expectativa média de vida da população brasileira.
As investigações tiveram início em 2017. Os acusados foram indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos no sistema da Previdência e associação criminosa.
A operação contou com a participação de 44 policiais federais e dois servidores da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (COINP) da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda. Recebeu o nome de Sangrando em referência ao prejuízo que esse tipo de fraude causa aos cofres públicos.
Força-Tarefa Previdenciária – Parceria entre a Secretaria de Previdência, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal que atua no combate a crimes contra o sistema previdenciário. Na Secretaria de Previdência, a COINP é responsável por identificar e analisar distorções que envolvam indícios de fraudes estruturadas contra a Previdência.
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