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17 de Junho de 2024
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    Operários das obras de revitalização do Porto Maravilha decidem manter greve

    Publicado por Agência Brasil
    há 11 anos

    Da Agência Brasil

    Rio de Janeiro Cerca de 3.500 trabalhadores das obras de revitalização do Porto Maravilha, na zona portuária do Rio, decidiram manter a paralisação, iniciada na última quarta-feira (13), sem previsão de retorno às atividades. A decisão foi tomada hoje (18) em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que teve a participação do sindicato dos trabalhadores e o Consórcio Porto Novo, responsável pelas obras.

    A categoria reivindica direito ao plano de saúde extensivo aos parentes. O consórcio não apresentou contraproposta. A audiência terminou sem consenso. Com a paralisação, as obras estão paradas e o prazo final, previsto para o primeiro semestre de 2016, pode ficar comprometido.

    De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro, alguns operários autorizados continuam perfurando túnel, que integrará o novo sistema viário local. O sindicato informou que os 33 grupos de trabalhadores estão parados. A greve tem adesão de praticamente toda a categoria.

    "Devido à posição dos patrões de não negociar, o movimento perdurará", disse Carlos Aberto Souza, da diretoria do sindicato. "No momento, cerca de 70, 80 pessoas estão trabalhando em três turnos, e estão sendo ameaçadas por funcionários que não aderiram à greve, como mestres de obra e engenheiros, que já recebem o plano de saúde. O trabalhador que 'mete a mão na massa', que está sujeito à poeira e outras dificuldades não têm direito ao benefício, disse.

    O consórcio informou, em nota, que atende a todas as cláusulas previstas na convenção coletiva negociada com os trabalhadores em fevereiro deste ano. A empresa ajuizou ação pedindo que a paralisação seja decretada abusiva. De acordo com o consórcio, a oferta do plano de saúde não é obrigatória por lei e não foi negociada na convenção. A empresa ainda alega inviabilidade econômica de oferecer o beneficio, que não consta no orçamento total da obra.

    O TRT deu prazo de cinco dias para que o sindicato apresente a defesa no processo. Após o período, será julgada a ação do consórcio.

    A greve ocorre um mês após paralisação de 24 horas de cerca de 5,5 mil operários do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, no dia 18 de fevereiro, devido ao atraso nas negociações do acordo coletivo com o Consórcio do Maracanã, que administra a reforma. Após a greve, ficou acertado concessão de reajuste salarial de 11%, cesta básica de R$ 330, manutenção de plano de saúde gratuito e café da manhã completo.

    Edição: Carolina Pimentel

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