Ossos de animais são queimados para embranquecer açúcar
Não tem como negar: ser vegano às vezes pode ser difícil.
Isso porque a única forma de ter certeza absoluta de que um produto não contém nenhum resultado da exploração animal é consultando os rótulos e o serviço de atendimento das empresas, que muitas vezes não sabe informar o cliente devidamente.
Nem o açúcar passa incólume: para ficar mais clarinho, passa por uma processo de filtragem que pode envolver carvão ativado. O problema é que uma das matérias-primas mais comuns do carvão ativado são ossadas de bois.
Os ossos carbonizados não entram na composição do açúcar refinado: eles apenas são utilizados no branqueamento, porque removem impurezas do açúcar. Por isso, não dá para saber se o açúcar que você faz uso da exploração animal simplesmente lendo o rótulo do produto.
Segundo a Bonechar, maior fornecedora de carvão de osso do Brasil, a indústria açucareira brasileira começou a adotar aditivos artificiais no lugar dos ossos queimados a partir dos anos 90, mas no exterior o processo de filtragem por carvão ainda é amplamente usado. Ou seja, doces importados são especialmente arriscados para veganos.
Ou seja: a única forma de ter 100% de certeza que o açúcar que você consome não envolve animais no processo de fabricação é consumir açúcar de beterraba, cujo refino não envolve esse tipo de filtragem, ou rastreando a origem do produto junto aos fabricantes. O Brasil Post entrou em contato com as maiores marcas de açúcar do mercado, mas ainda não obteve resposta.
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