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16 de Junho de 2024

Palestras sobre desenvolvimento de líderes e segurança da informação na nova era do trabalho marcam maior Congresso de Tecnologia, Inovação e Direito para o Ecossistema de Justiça

Evento acontece entre os dias 24 e 26 de outubro em Brasília

há 8 meses

O segundo dia do Expojud teve início com a palestra “Aprendendo com a Fórmula 1: Desenvolvendo lideranças e equipes de alta performance”. Ministrada por Cadu Lemos, o pesquisador e aconselhador em desenvolvimento humano, autoconhecimento e alta performance, trouxe reflexões acerca da Fórmula 1 que podem ser pensadas no meio jurídico. A palestra incentivou o público, mostrando que todos podem se tornar líderes.

A Huawei, multinacional chinesa, também foi um dos destaques do evento. Com o tema “Redes de alta qualidade para o Judiciário e soluções de armazenamento da Huawei para o Judiciário”, destacaram a importância da redução do gasto de energia para a preservação do meio ambiente.

Ainda na manhã do evento, ocorreu um CEO Talk que abordou as perspectivas para 2024 na visão das lideranças. O bate papo contou com a participação da ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi; o desembargador federal presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4)​, Renato Luís Dresch e do 2º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Ricardo Mucci.

“A tecnologia tem sido uma grande aliada do Poder Judiciário e isso só tem a crescer. O Poder Judiciário do nosso país pode se orgulhar do trabalho realizado na introdução das tecnologias. Estamos avançados em comparação a outros países, graças aos profissionais que trabalham em conjunto para que essa evolução tecnológica aconteça da melhor maneira possível”, destaca a ministra do STJ, Maria Cristina Peduzzi.

O desembargador Renato Luís Dresch também destacou a importância da valorização dos profissionais que atuam no âmbito da justiça. “Nós todos somos o Poder Judiciário e os líderes precisam mostrar isso para o cidadão, além de valorizar os seus profissionais para que permaneçam prestando serviço de excelência para a instituição”, afirma.

Multipalco 360º

O Expojud oferece uma experiência multipalco 360 graus, com palestras que acontecem simultaneamente. Um dos principais temas abordados foi o Real Digital. Julierme de Souza, gerente executivo de TI do Banco do Brasil, e o economista do Banco Central do Brasil, Fabio Araujo, explicaram como funcionará a versão virtual do Real.

“O Drex deixará o sistema financeiro mais barato, ele tornará todo o sistema de compliance mais ágil e de baixo custo. Com essa padronização será possível tornar o ambiente mais competitivo com a simplificação dos processos sem precisar de intermediário, pois todo o ciclo será automatizado. Além da facilidade na execução de garantias”, destacou Fabio.

Já no palco 4, foi o momento de discutir a “Segurança da Informação: Desafios da Justiça Estadual. Para Edivaldo Antônio Sartor, coordenador de segurança da informação e proteção de dados do TJSP, o tema é recorrente em todos os setores, não só no Poder Público. “Está na vida de todo mundo. Precisamos saber onde estamos errando porque não sensibilizamos o consumidor geral da importância da segurança da informação”, explicou o especialista.

Enquanto discutiam a segurança da informação, em outro palco paralelo, Célia Regina de Lima, desembargadora diretora-geral da Escola Judicial do Poder Judiciário do Estado do Pará (EJPA); Rommel Araújo, desembargador diretor-geral da Escola Judicial do Estado do Amapá (EJAP); e Marco Villas Boas, diretor-geral da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) debateram sobre a importância das escolas judiciais na transformação digital da Justiça.

“As escolas têm por objetivo a formação de magistrados e servidores. Atualmente, vivemos em um mundo pós pandemia com altos índices de desemprego, pessoas passando fome. É olhando para esse cenário que entendemos a importância da justiça na vida do cidadão, pois todos eles precisam ser assistidos. E o acesso ao digital é algo caro e precisamos ser a ligação entre os dois”, explica Rommel.

O conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Moacyr Rey Filho e o Guilherme Zattar, membro auxiliar do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), também estiveram no Expojud para falar sobre “Estratégia Nacional do MP Digital”.

O promotor de Justiça Zattar destacou o papel da liderança no processo de inovação.

“A liderança é fundamental para impulsionar o avanço das novas tecnologias. Por isso, a transformação digital envolve principalmente a mentalidade da gestão”, afirmou.

Piccoli lança livro “Futuro do trabalho na Justiça”

Ademir Piccoli, CEO do Expojud, também esteve no palco neste segundo dia de evento para moderar o debate sobre o futuro do trabalho na Justiça, tema de seu próximo livro. Para ele, a tecnologia acabou se tornando parte de todas as instituições.

“Não dá para dissociar as instituições da tecnologia, especialmente no pós pandemia. Perdeu-se o medo da tecnologia. Reorganizaram hábitos, os trabalhadores puderam ser mais produtivos e adotaram novos costumes. Qual o modelo adequado?” questiona o idealizador do Exojud.

Além de Piccoli, estavam presentes Ricardo Torres Hermann, desembargador do (TJRS); Cynthia Maria Pina Resende, desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA); Pedro Valls Feu Rosa, desembargador presidente do Comitê Gestor de Tecnologia da Informação e da Comunicação (CGTIC) do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), para falar sobre o futuro do trabalho na Justiça.

“É indiscutível que a tecnologia trouxe mais rapidez à tramitação dos processos. Essa digitalização eliminou tempos mortos dos processos, mas não resolveu o problema de congestionamento do judiciário. O que fizemos até agora me parece que não é suficiente. Os avanços tecnológicos foram relevantíssimos e simplificaram rotinas, mas não chegaram ao gabinete do magistrado, digo isso em processos em que há necessidade de uma assessoria mais qualificada. Chegou o momento de investir em soluções que tragam apoio aos gabinetes dos magistrados”, alerta Ricardo Torres Hermann.

A desembargadora do TJBA também manifestou seu apreço pela tecnologia no judiciário.

“Acredito e amo muito a tecnologia. Sem a tecnologia é impossível um judiciário ágil, eficiente e confiável”, destacou Cynthia Maria.

Já o desembargador do TJES salientou a importância de que não sejam criados mais juizados e tribunais, pois mais da mesma coisa pouco resolverá os problemas. “Que vejamos na tecnologia um caminho de retorno à lógica, não a perpetuação da burocracia”, destacou.

Além disso, Pedro Feu Rosa chamou atenção para a necessidade de interoperabilidade e integração de dados no judiciário de forma mais eficiente.

Painel composto por mulheres

O segundo dia do maior Congresso de Direito, Tecnologia e Inovação para o Ecossistema de Justiça também contou com dois paineis compostos somente por mulheres. No primeiro deles, foi debatido a importância do uso de dados na Justiça por Fernanda Montenegro, diretora de tecnologia da informação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5); Ana Luisa Carneiro, diretora de tecnologia da informação do TRF da 2ª Região (TRF2); e Marcela Maria Pereira, juíza auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG).

Fernanda Montenegro disse em sua palestra que o maior desafio das instituições de Justiça está em democratizar os dados. “A busca por dados é imensa. Além disso, vivemos em ataques de robôs, por isso, é importante para a sociedade que as empresas produzam soluções para o cidadão.”

O outro painel feminino foi composto por Tainá Aguiar Junquilho, professora de tecnologia, inovação e direito no IDP, e Caroline Tauk, coordenadora da especialização em Direito Digital da Escola Nacional de Magistrados (ENFAM), que falaram sobre a inteligência artificial aplicada ao Direito.

“Não adianta somente aplicar a tecnologia, você tem que envolver as pessoas, além disso, a transparência é a viabilização de todos os outros princípios”, reforçou Tainá Aguiar.

“O impacto da infraestrutura tecnológica no avanço da Justiça” também foi tema no congresso, por meio de Marco Antonio Samaan, secretário de tecnologia da informacao do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP); Daniel de Lima Haab, secretário de tecnologia da informação e comunicação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ); e ​Antônio Braz, diretor de tecnologia da informação e comunicação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS).

“Há pouco tempo tínhamos tribunais com processos físicos, agora, estamos concluindo a digitalização de processos. Cada vez que criarmos melhorias no nosso sistema, vamos gerar demanda para o nosso público externo, para os nossos advogados. Temos que criar condições para que eles tenham um ambiente seguro. Precisamos, cada vez mais, investir em infraestrutura”, afirmou Samaan.

O painel que fechou o segundo dia de Expojud foi sobre a “Revolução da Inteligência Artificial e impacto na Justiça”, com Rainério Rodrigues Leite, secretário de tecnologia da informação e evolução digital do Tribunal de Contas da União (TCU); Mauro Lucio Baioneta, procurador federal da Advocacia Geral da União (AGU); e Samuel Meira Brasil Júnior, desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).

Neste último momento de palco, o secretário de tecnologia da informação e evolução digital do (TCU) trouxe uma análise do planejamento estratégico do Tribunal de Contas, além de explicar para o público as principais diferenças entre a Inteligência Artificial Clássica e Inteligência Artificial Generativa.

“A inteligência artificial não é algo propriamente da TI,é algo da organização. É um assunto organizacional. Por isso, colocamos a IA como um dos diversos objetivos a serem perseguidos”, finaliza.

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