Pedro Ruas presta homenagem aos servidores do Detran, na passagem dos 20 anos do órgão

O espaço do Grande Expediente desta quarta-feira (2), na Assembleia Legislativa, foi ocupado pelo deputado Pedro Ruas (PSOL), que prestou homenagem aos servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran), pela passagem dos 20 anos do órgão. O parlamentar iniciou sua manifestação dizendo ser mais que justa a deferência em relação aos funcionários da autarquia. “Quando da greve dos servidores, em 2016, tive a oportunidade de conviver com esta categoria, acompanhando sua luta e posicionamentos. Pois, afirmo, que foi um orgulho conhecer mais a fundo esta representação tão aguerrida, um modelo, um exemplo de como uma classe deve servir à comunidade e ao seu Estado”, apontou. Recordou que, naquele momento, chamou sua atenção que a pauta de reivindicações não colocava em primeiro lugar melhorias ou ganhos diretos à categoria. “Os servidores apresentaram, ao governo do Estado, um conjunto de seis medidas/projetos que buscavam (e ainda buscam) tanto aumentar a arrecadação, quanto diminuir despesas, com potencial de arrecadação de aproximadamente R$ 600 milhões ao ano”. Lembrou que dois destes projetos já foram implementados pela atual gestão, com potencial arrecadatório de aproximados R$ 150 milhões. “Algo que precisa ser enfatizado e festejado”, exaltou. Afora isso, anunciou, o Detran deve atingir, até o final do governo Sartoti, uma arrecadação de cerca de R$ 5 bilhões, com superávit acumulado de aproximadamente R$ 2,5 bilhões, “demonstrando a magnitude e relevância da autarquia à saúde financeira do Estado”. Pedro Ruas fez referência, igualmente, ao reerguimento do Detran e a volta do respeito e reconhecimento aos funcionários do órgão após a Operação Rodin, em 2008, que trouxe à tona “o maior escândalo de corrupção no Rio Grande do Sul, com desvios de R$ 44 milhões à época, fruto da terceirização dos exames práticos e teóricos de direção veicular, que aconteciam via contrato com fundações sem escrúpulos. “Importante ressaltar que nenhum servidor efetivo foi condenado. A categoria, atenta, permanecerá vigilante para que não haja retrocessos e novos episódios como aquele”, mencionou. Observou, ainda, que, desde 2009, os exames passaram a ser realizados por servidores da autarquia, e não mais por fundações (terceirizadas). Atualmente aproximadamente 230 servidores-examinadores estão cumprindo rotas de aplicação de exames práticos e teóricos em todo o Estado. Entre práticos e teóricos, o Detran/RS aplicou, desde 1997, mais de 13 milhões de exames de habilitação. Atualmente, o órgão possui 695 servidores efetivos, atuando em diversas áreas. A categoria, agregou o deputado do PSOL, tem atingido, ao longo da atual administração, todas as metas estabelecidas, com destaque a atividades como Operação Desmanche (2016) e Operação Balada/Viagem Segura, e metas da ONU, na redução de acidentalidade (2015). De acordo com Pedro Ruas, os servidores aguardam que o governo estadual esteja mais atento em relação às suas demandas. “Mesmo exercendo suas funções em condições precárias, quanto à infraestrutura oferecida, é inegável que os serviços entregues pela categoria à sociedade e Estado são muito favoráveis. No entanto, é lastimável que estes servidores estejam há 3 anos com promoções atrasadas e 34% de perdas inflacionárias em seus salários. Esperamos que o todo da Assembleia seja sensível à reversão deste quadro”, ponderou. Apartes e autoridadesEm apartes, manifestaram-se os deputados Manoela d Ávila (PCdoB), Stela Farias (PT), Adílson Troca (PSDB), Ênio Bacci (PDT), Missionário Volnei (PR), Sérgio Peres (PRB), Catarina Paladini (PSB) e Ronaldo Santini (PTB). Compuseram a mesa das autoridades, além do presidente da ALRS, Edegar Pretto (PT), o presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindet), Maximilian da Rocha Gomes; Jéfferson Otto da Silva, vice-presidente; Adriano Saraiva, secretário; Jéssica Ventura, tesoureira; Maria Goreti da Costa e Carlos Augusto Langone, ex-presidentes; o presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud, e o representante do Centro Sindical Popular Conlutas, Érico Corrêa. © Agência de Notícias
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