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16 de Junho de 2024
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    Pesquisadora defende novo modelo de educação baseado nos conhecimentos sobre o cérebro

    As atividades do I Fórum Internacional de Ciência da Mente, Cérebro e Educação foram retomadas, na tarde dessa segunda-feira (6), com a realização da conferência “A ciência da mente, cérebro e educação no mundo”, proferida pela professora e pesquisadora da Universidade São Francisco de Quito, no Equador, Tracey Tokuhama-Espinosa. Promovido pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, presidida pela deputada Juliana Brizola (PDT), o evento ocorre no Teatro Dante Barone e conta com a parceria da UFRGS, da Sociedade Brasileira de Neurociências e Educação, da FURG e do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul.

    Conferência

    Tracey Tokuhama-Espinosa iniciou a conferência afirmando que há um movimento internacional que trabalha para a mudança de paradigma na educação, voltada para a inclusão de conhecimentos sobre o funcionamento da mente e do cérebro no aprendizado. Nesse sentido, segundo ela, é preciso que os professores tenham contato com informações não apenas da pedagogia, mas também da neurociência e da psicologia para compreender como o cérebro funciona e como se dá o aprendizado para poder ensinar. “Do contrário, é como criar uma luva sem saber como é o desenho da mão”, compara.

    Segundo a conferencista, há quatro categorias de informação sobre a mente e o cérebro que precisam ser compreendidas pelos professores. A primeira delas é formada por conhecimentos tido como certos e seguros, como a existência da plasticidade cerebral. Em segundo lugar, estão as hipóteses que são provavelmente certas, mas que ainda não puderam ser totalmente comprovadas, como é o caso da quantidade de horas de sono necessárias para o aprendizado. Em terceiro lugar, estão os conhecimentos tidos como especulação, como a informação de que a diferença morfológica entre os cérebros de homens e mulheres gera um comportamento também diverso. Na última categoria estão os mitos, como é o caso da informação de que o cérebro funciona de forma dissociada, com diferentes atividades realizadas pelos hemisférios direito e esquerdo.

    Tracey Tokuhama-Espinosa também destacou que o aprendizado se dá, em um primeiro momento, através dos sentidos. Além disso, não é possível dissociar emoções e razão no aprendizado. “Quando uma emoção entra em conflito com um conceito, a emoção quase sempre ganha”, disse. A conferencista citou como exemplo a situação em que o aluno tem o conceito certo - sabe que precisa passar em matemática. Contudo, ao mesmo tempo, odeia o professor da matéria. Tudo indica que será difícil para esse estudante aprender a disciplina “É preciso criar um ambiente emocional seguro para o aluno”, concluiu.

    Programação

    O 1º Fórum Internacional de Ciência da Mente, Cérebro e Educação prossegue até o final da tarde. Confira a programação:

    15h – 15h30 Homenagem ao Prof. Dr. Ivan Izquierdo – PUCRS, pela relevante contribuição para a neurociência na área da aprendizagem e memória.

    15h30 – 17h30 Mesa-Redonda: “Educação. Contribuições da Pedagogia, Psicologia, Neurociência e Tecnologia Educacional”, Mediador: Milton Antonio Zaro - UFRGS, Fernanda A. Hammes de Carvalho – Furg e SBNED, Alfred Sholl-Franco - UFRJ, Tracey Tokuhama-Espinosa, Hamilton Haddad - USP

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