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28 de Maio de 2024
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    Pessoas com necessidades especiais recuperam a satisfação de dirigir

    há 16 anos

    Após sofrer uma queda na infância, a jovem Thaísa Soares Caldas, 28 anos, jamais pensou que perderia o domínio da perna esquerda. Thaísa cresceu normalmente, sem qualquer indício de deficiência, apenas com algumas dores no joelho e, em 1998, tirou sua primeira habilitação na categoria 'B'. Dois anos mais tarde, ela sentiu a necessidade de utilizar o apoio de muletas para andar. "Eu não conseguia mais pisar, só andava com apoio e, em 2002, coloquei uma prótese de titânio no joelho, o que fez com que minha situação melhorasse", afirma Thaísa.

    A partir daí, a vida dela tomou um rumo diferente. "Eu achei que não fosse mais dirigir. Então, eu soube por um amigo da minha mãe que poderia adquirir a carteira especial e comprar um veículo adaptado para mim. Procurei o Detran, passei pela junta médica e consegui a minha habilitação. Fui bem atendida por todos e gostei. Depois disso, comprei logo o meu carro e hoje vou para onde quiser. Sou independente", declarou Thaísa, que se formou recentemente em fisioterapia.

    A história de Thaíssa é parecida com a de muitos cidadãos que podem recuperar a satisfação de dirigir indo ao Detran para iniciar um criterioso processo para aquisição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) especial.

    Sucesso também teve Nadja Acássia Matos Martins, 48 anos. Já possuidora da CNH na categoria 'B', Nadja se viu abatida por uma Lesão por Esforço Repetitivo (LER) que a fez perder a força nos dois braços e a impediu de conduzir veículos. Entretanto, após ter conhecimento da possibilidade de adquirir a CNH especial, a ex-digitadora sentiu-se animada e buscou seus direitos.

    "Eu soube através da imprensa que tinha direito de voltar a dirigir e procutei o Detran para passar por todos os procedimentos necessários. Fui muito bem atendida, de forma justa e legal. Em seguida, fiz as perícias e agora vou comprar um carro com câmbio automático e direção hidráulica. Estou bastante satisfeita", disse Nadja, que está aposentada pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

    Procedimentos

    Outro caso de satisfação é o de Genilson Menezes Ramos, 43 anos, que após um acidente automobilístico, em 1996, sofreu monoplegia - paralisia de apenas um membro. Naquele momento, Genilson acreditou ter perdido a possibilidade de continuar com a sua CNH, que na época era categoria 'AB'. "Em 1998 eu precisei renovar a minha carteira de habilitação e, na época, o procedimento foi muito complicado. Só depois eu consegui a minha CNH especial na categoria 'B', mas fui bem atendido por todos do setor médico. Valeu a pena", declarou.

    O procedimento para dar entrada na CNH especial não é muito diferente dos outros. O cliente deve procurar um dos postos de atendimento do Detran, no Ceac da Rodoviária Nova ou do Shopping Riomar, na Unidade de Atendimento (Unat) do Shopping Jardins, nas Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) ou mesmo na sede do órgão e dar entrada no processo normalmente. Ao ser encaminhado ao médico, o mesmo enviará a pessoa à Coordenadoria Médica e Psicológica (Cemep), que funciona na sede do Detran, para ser avaliado e só então concluir o processo.

    Os funcionários do Detran estão sempre disponíveis para receber bem e informar os cidadão dos seus direitos, além dos procedimentos e documentação necessária para adquirir a CNH especial. "O cidadão precisa saber que há uma possibilidade de recuperar seu direito de ir e vir através de um veículo e se submeter à avaliação no Detran. É muito gratificante ver as pessoas voltarem a sorrir depois da angústia de acharem que não poderão mais dirigir livremente" , disse Jocelino Menezes, médico do Detran.

    Orientação

    Para quem deseja adquirir a sua CNH especial e ainda não o fez por receio ou por achar que não tem mais direito de conduzir um veículo, Genilson, Nadja e Thaísa dão um conselho. "Digo às pessoas que procurem o Detran e se submetam à avaliação como eu fiz. O atendimento é muito bom e correto" , falou Nadja. "Quem é portador de necessidades especiais tem que ir à luta. Corra atrás, é nosso direito" , aconselhou Genilson. "Ninguém pede para ser portador de necessidades especiais, mas já que o é, tem que buscar seus direitos. Vale a pena", completou Thaísa.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/pessoas-com-necessidades-especiais-recuperam-a-satisfacao-de-dirigir/166609

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