PF: droga não pertence a família de senador
Helicóptero com 445 quilos de cocaína era de empresa de filho de Zezé Perrella
O delegado da Polícia Federal Leonardo Damaceno, que investiga de quem seriam os 445 quilos de cocaína apreendidos no mês passado num helicóptero no Espírito Santo, afirmou ontem à TV Gazeta, afiliada da TV Globo, que a família do senador Zezé Perrella (PDT-MG), proprietária da aeronave, não tem ligações com a droga.
O helicóptero pertence à empresa Limeira Agropecuária, que tem como sócios o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), que é filho do senador, e a irmã dele, Carolina Perrella, entre outros. Damaceno disse que pretende concluir o inquérito até o dia 19 deste mês.
As investigações indicam que a droga veio do Paraguai. Segundo o delegado, uma perícia feita no GPS da aeronave mostra que o helicóptero esteve no país vizinho no dia 23 de novembro. Depois os traficantes retornaram ao Brasil e esconderam a droga em algum lugar ainda não revelado. O helicóptero, sem a cocaína, foi guardado no aeroporto Campo de Marte. No dia seguinte, já com a droga, a aeronave fez uma escala em Minas Gerais para abastecer e seguiu para o Espírito Santo. Quando chegou à cidade de Afonso Cláudio, na região serrana capixaba, a Polícia Federal já estava à espreita. Foram presos o piloto, o co-piloto e dois homens que estavam no local.
Em depoimento, o piloto da aeronave, Rogério Antunes, havia dito que agiu por conta própria. Ele era funcionário da Limeira Agropecuária e também assessor parlamentar de Perrella. O Ministério Público quer saber como o piloto conciliava o emprego com o cargo de assessor, e também se houve uso indevido de dinheiro público na compra do combustível. (O Globo)
3 Comentários
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Não tinham participação nem conhecimento? sei... tô entendendo... claro, claro já acreditei. continuar lendo
É Elmo, ERA pra ser assim né?! Mas a "ju$tiça" que prendeu, foi a mesma que mandou devolver o helicóptero para a família! continuar lendo
Uma coisa é certa, a empresa proprietária do helicóptero vai sofrer a pena de perdição do veículo, porque estava servindo ao tráfico de entorpecentes.Muita gente já caiu nessa, a lei é clara nesse particular. Outra coisa é muito esquisita, o piloto era assessor parlamentar e, ao mesmo tempo, empregado de uma firma da qual seu chefe é sócio e sai por aí a transportar drogas, segundo ele, sem o conhecimento de seus superiores.Ou seja, as viagens com o helicóptero e as despesas de seu uso não têm controle, assim como a suas ausências no expediente na Casa Legislativo passam despercebidas.. Eis um caso de "culpa in vigilando" em dobro. Mas, sabem como é, legislador só cuida de coisas macro. Esses casinhos de infração funcional e penal de auxiliares não fazem parte da realidade dessas augustas pessoas. continuar lendo