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23 de Maio de 2024
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    Policial civil pede sexo oral como forma de propina

    Publicado por Espaço Vital
    há 14 anos

    O policial civil W., lotado na 39ª DP (Pavuna-RJ), é suspeito de ter pedido "propina" inusitada, dentro da delegacia em que trabalha, a uma mulher acusada de furto. A estudante de Direito J.M.S., 34 anos, gravou com aparelho de MP4 a conversa, em que W. teria pedido que ela fizesse sexo oral em troca do arquivamento do caso.

    Dizendo-se humilhada, J. entregou a gravação à Corregedoria de Polícia Civil, onde foi aberto procedimento para investigar a conduta do policial, que foi afastado do serviço. A gravação está sendo periciada para comprovar se a voz é do policial.

    A vítima, J., responde a mais de 20 procedimentos na polícia.

    Junto com o pai, J. foi acusada, em maio, de ter furtado alguns objetos da casa de seu irmão, um PM do Batalhão de Operações Especiais assassinado em dezembro no Morro do Chaves. O furto teria ocorrido após a morte do rapaz, e a denúncia foi feita pela viúva.

    A estudante de Direito e o pai acabaram indiciados na 39ª DP, onde compareceram três vezes. Em todas as ocasiões, a mulher teria levado "cantadas" do policial.

    "Senti-me o pior dos seres humanos. Fui humilhada por um homem que sabia do meu sofrimento pela morte do meu irmão. Fazer uma proposta dessas dentro de uma delegacia! É revoltante!", disse a vítima.

    Segundo a estudante de Direito, o policial argumentara que ela gastaria cerca de R$ 3 mil com um advogado. Para convencê-la a praticar o ato, W. teria revelado que sexo oral era o seu "ponto fraco".

    Segundo o diretor do Departamento de Polícia da Capital, Ronaldo Oliveira, o inquérito na Corregedoria ainda está em fase de apuração. "Caso fique comprovada a participação desse policial, poderá ser demitido ou sofrer sanções", disse.

    A gravação

    (Com informações do saite Terra)

    Após prestar depoimento, a estudante de Direito J.M.S. fica sozinha com o policial W. numa sala da 39ª DP (Pavuna). A partir desse momento, o agente inicia o assédio.

    Veja a síntese da transcrição do áudio (parte central da controvérsia).

    POLICIAL: Então, eu mereço ou não mereço?

    J.M.S: Merece o quê?

    POLICIAL: Você sabe... Eu mereço ou não? Olha a defesa que fiz pra você.

    J.M.S: Merece o quê?

    POLICIAL: Um sexo oral...

    J.M.S: Como você pode ter coragem de fazer isso no seu local de trabalho?

    POLICIAL: Qual é o problema?

    J.M.S: Não sei como você pode ter coragem!

    POLICIAL: A porta está trancada. Não tem qualquer problema. Nessa sala só estamos eu e você. Ninguém vai entrar.

    Acompanhe o som da gravação, disponibilizada no saite do jornal O Dia. O áudio completo tem 3 minutos e 20 segundos de duração.

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