Policial é condenado a 17 anos de prisão pela morte do dentista Petrus

O policial militar Douglas Dias de Araújo, conhecido como Douglas Pitbull, foi condenado, no final da tarde desta quinta-feira (4), a 17 anos de prisão, por homicídio duplamente qualificado, em regime fechado, pela morte do dentista Petrus Soares da Silva, executado no dia 14 de outubro de 2005, depois de sair de um plantão no Hospital Geral de Areias. Douglas foi julgado no Fórum Rodolfo Aureliano, localizado no bairro de Joana Bezerra e deverá cumprir pena na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá.

Na réplica, ocorrida ás 14h30, o promotor de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), André Rabelo, ressaltou que as provas são mais do que suficientes para acusar o policial. “Muitas testemunhas foram ouvidas e não se ouviu outro nome como mandante do crime que não fosse o médico José Carlos Spinelli, e Douglas como um dos envolvidos para efetivar o crime”, disse Rabelo.

Na tréplica, que aconteceu por volta das 15h30, a defesa tentou alegar que a

acusação de Douglas era sem fundamentos e sem provas. “Aqui não se condena inocente. Não são acusações infundadas. Existe uma estreita ligação entre as provas”, disse o promotor André Rabelo. O promotor ainda complementou. “Acompanho o processo desde o início, por isso falo com veemência, pois conheço os autos. Não há dúvida alguma”.

Caso Petrus- Em um julgamento anterior, ocorrido no dia 23 de setembro, deste ano, o médico José Carlos Queiroz Spinelli, acusado de ser o mandante do crime, também foi condenado a 17 anos de prisão. O outro envolvido na morte do dentista, Ednaldo Barbosa da Silva Júnior, recebeu pena de 15 anos. O policial militar Douglas Dias de Araújo deveria ter sido julgado no mesmo dia, mas teve seu julgamento adiado porque o advogado de defesa alegou que estava com outra audiência marcada para o mesmo horário e, por isso, não poderia participar.