Presos no Paraná nove suspeitos de tráfico de entorpecentes

Quadrilha transportava drogas do Paraguai para Curitiba, Londrina e São Paulo, segundo a polícia

Nove pessoas foram presas ontem em Foz do Iguaçu e Cascavel, suspeitas de participação em uma quadrilha que transportava drogas do Paraguai para Curitiba, Londrina e São Paulo. Os suspeitos eram alvo de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Foz do Iguaçu desde abril. ''Estávamos monitorando as ligações telefônicas dos investigados há seis meses e conseguimos apreender vários carregamentos de entorpecentes nesse período'', conta o delegado do Gaeco, Alexandre Rorato Maciel.

Segundo Maciel, a quadrilha transportava de carro e de ônibus carregamentos de maconha, crack, haxixe e lança-perfume principalmente para Londrina, Curitiba e São Paulo. Entre os clientes dos acusados estariam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que estariam presos em presídios da capital paulista. ''O grupo também movimentava uma conta bancária com recursos do PCC'', informa o delegado. A conta foi bloqueada por determinação da Justiça.

Durante a ação de ontem, o Gaeco cumpriu nove de 14 mandados de prisão emitidos pela Justiça e 14 mandados de busca e apreensão. Entre os presos estão cinco homens e quatro mulheres. Quatro pessoas estão foragidas. Outras nove pessoas, entre elas quatro adolescentes, já haviam sido detidos no decorrer da investigação. Os presos são suspeitos de tráfico, associação para o tráfico e corrupção de menores. ''Eles contratavam adolescentes para transportar a droga'', explica Maciel. Os jovens viajavam em ônibus de linha para entregar o carregamento no local de destino.

O Gaeco também apreendeu um veículo modelo Astra que, segundo as informações obtidas pelos investigadores, teria um fundo falso. O carro foi encaminhado para perícia técnica. Segundo Maciel, não há provas de que a droga transportada pelo grupo seja de origem paraguaia, por isso os presos não serão acusados de tráfico internacional. ''Mas como não há plantações de maconha em Foz do Iguaçu é muito provável que a droga venha do Paraguai'', afirma.