Prisão de ativistas no RJ foi exercício de "futurologia", dizem especialistas
A polêmica decisão do juiz que determinou a prisão preventiva de 26 ativistas — 19 foram realmente presos — no último sábado (12/7), justificando as detenções com a possibilidade de os investigados estarem envolvidos em uma manifestação que aconteceria no dia seguinte, incomodou o meio jurídico.
"Trata-se da versão jabuticaba do filme Minority Report, em que as pessoas eram presas antes do crime — o sistema detectava o crime antes de ele ser cometido. Só que o filme, com Tom Cruise, era ficção, mas os presos de forma antecipada [no Brasil] são reais", comparou o jurista e professor Lenio Streck.
Ao fundamentar sua decisão, com pouco mais de 120 palavras, o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, afirmou: "Há sérios indícios de que está sendo planejada a realização de atos de extrema violência para os próximos dias, a fim de aproveitar a visibilidade em decorrência da cobertura da copa do mundo de futebol, sendo necessária a atuação policial para impedir a consumação desse objetivo e também para identificar os demais integrantes da associação".
Nesta quarta-feira (16/7), mesmo com o fim da Copa do Mundo, o juiz prorrogou a prisão de cinco ativistas. A decisão dele se baseia em indícios apresentados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, em inquérito iniciado em setembro de 201...
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