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16 de Junho de 2024
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    Procuradora recebe novas ameaças

    Léa Batista, uma das responsáveis pelo caso Cachoeira

    Dez dias depois de receber um e-mail com intimidações feitas por um suposto réu da Operação Monte Carlo, a procuradora da República Léa Batista recebeu no sábado uma nova mensagem, em que é ameaçada pela sua participação nas investigações contra o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Com o título “cuidado”, um homem que se identifica como Sílvio Caetano Rosa alerta que a procuradora e a família correm risco. “Sua vadia, ainda vamos te pegar, cuidado, você e sua família correm perigo”, destaca o novo e-mail.

    Diante das ameaças, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho, se reuniu com o corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Jeferson Coelho, para pedir providências. “A ANPR requer a Vossa Excelência que sejam tomadas as medidas cabíveis no âmbito deste Conselho, tendentes a garantir à colega a segurança imprescindível à boa consecução de suas atribuições”, assinala Camanho no ofício entregue ontem ao corregedor.

    Na última quarta-feira, o Correio divulgou com exclusividade o primeiro e-mail, no qual o autor, identificado como “injustiçado”, afirma que seu “trabalho lícito” foi quase liquidado pelas investigações do Ministério Público e, ainda, que familiares de Cachoeira continuam operando jogos ilegais.

    “Quero dizer que foi dura comigo, por pouco não destruiu minha família. Meu trabalho lícito você quase o liquidou. Pois bem, me diga por que não pegaram quem ganha dinheiro com estas porcarias de jogos e afins?(...) e mais é bom que saibam Março Antônio de Almeida Ramos e Paulo Roberto de Almeida Ramos juntamente com o filho Thiago Almeida Ramos estão operando máquinas e pontos, estão ganhando dinheiro (...) Tudo bem, sei que vão saber quem sou (...)”, escreveu o remetente do texto enviado a Léa no dia 13.

    Proteção extra

    Antes de a procuradora receber o novo e-mail, a Corregedoria do CNMP já havia colocado o órgão à disposição de Léa Batista. No fim da semana passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, alertou que requisitaria à Justiça autorização para apurar de onde partiu o e-mail.

    “Sendo o CNMP a mais importante instância do MP nacional, seu envolvimento trará imediatamente grande tranquilidade não só à colega, como a todos os membros do MP que se encontrem em situação parecida”, destacou Alexandre Camanho.

    A procuradora que investiga as denúncias da Operação Monte Carlo não foi a única agente pública a receber ameaças. No começo da semana passada, o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima foi afastado do processo após ter a segurança colocada em risco. Responsável por quebrar o sigilo telefônico de Cachoeira e por determinar a prisão do contraventor, o magistrado relatou ter sido vítima de pelo menos duas ameaças.

    A primeira teve como alvo familiares do juiz. “Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente à Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada”, relatou o juiz em ofício enviado à Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A segunda ameaça partiu de um presídio de segurança máxima, em que um carcereiro teria ouvido comentários sobre Moreira Lima.

    "Sua vadia, ainda vamos te pegar, cuidado, você e sua família correm perigo"

    trecho da mensagem eletrônica enviada à procuradora Léa Batista. (Correio Braziliense)

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/procuradora-recebe-novas-ameacas/3162540

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