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17 de Junho de 2024
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    Procuradoria Especial da Mulher homenageia primeira deputada gaúcha com denominação de espaço na AL

    Em cerimônia realizada na manhã desta quinta-feira (10), foi descerrada a placa da Sala “Suely Gomes de Oliveira”, que abriga a Procuradoria Especial da Mulher no Parlamento, na entrada do Palácio Farroupilha, no térreo. O nome escolhido é uma homenagem à primeira deputada estadual gaúcha, que atuou na função por 24 anos ininterruptos, de 1951 a 1975. Participaram do ato a atual procuradora especial da Mulher na Casa, deputada Manuela d’Ávila (PCdoB), o ex-presidente da Assembleia, deputado Edson Brum (PMDB), em cuja gestão foi inaugurada a sala, os deputados Jeferson Fernandes (PT) e Juliano Roso (PCdoB) e a ex-deputada Jussara Cony, além da filha da homenageada, Maria de Lourdes de Oliveira, e da neta, Mariane de Oliveira Lima.

    Em seu pronunciamento, Manuela d’Ávila explicou que a escolha de Suely para dar nome ao espaço se deu em razão de seu pioneirismo. Observou que a Casa havia tido apenas 39 mulheres deputadas. A parlamentar agradeceu a presença de familiares da homenageada e refletiu sobre o significado e a importância da sua atuação naquele tempo. Destacou o papel de todas as mulheres que, como Suely, fazem ou fizeram parte de uma tradição de luta, resistência e conquistas na sociedade.

    A filha de Suely, Maria de Lourdes de Oliveira, agradeceu o convite para a homenagem, lembrando como sua mãe, que era professora, entrou na política por acaso, a convite de Leonel Brizola. Disse esperar que sua trajetória continuasse a inspirar mais mulheres a participarem da política.

    Trajetória
    Suely Gomes de Oliveira (1915- 1994) foi a primeira mulher deputada a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Professora, natural de Osório, foi uma das fundadoras do PTB e a primeira mulher eleita para a Câmara Municipal de Pelotas, em 1947. Como deputada, foi empossada em 31 de janeiro de 1951 pelo PTB. Reeleita cinco vezes, ficou conhecida pela “Lei Suely”, que concedia um ano sobre o tempo de serviço para aposentaria a cada seis anos trabalhados do funcionário público assíduo.

    A trajetória dos seis mandatos de Suely no Parlamento gaúcho foi marcada por sua atuação na Comissão de Serviços Públicos e Assistência Pública, a qual presidiu por várias ocasiões e integrou durante os 24 anos que dedicou ao Legislativo. Defensora dos direitos dos servidores público, a parlamentar foi a autora do primeiro Estatuto do Magistério Público Estadual (1954).

    Em 1966, atuou fortemente na elaboração do plano de carreira do funcionalismo público, que vigora até hoje – com alterações. Mesma participação teve com o plano de classificação de cargos para os professores estaduais. Este trabalho rendeu a deputada o prêmio Springer Carrier: Por Um Rio Grande Maior no ano de 1970, na categoria “Comissões”. Em janeiro de 1975, Suely deixa a Assembleia, onde na época ocupava uma cadeira do MDB.

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