Programa Justiça Comunitária participa de seminário sobre Cultura de Paz na Comunidade

Neste último sábado, 4/7, o Programa Justiça Comunitária - PJC do TJDFT participou do Seminário de Educação Popular do Distrito Federal, que teve como tema "Cultura de Paz na Comunidade", na Escola Classe nº 29, em Ceilândia. O Seminário, promovido pelo Curso de Formação de Educadores Populares, reuniu vários grupos sociais. Por meio de servidores e 24 agentes comunitários, o PJC coordenou oficinas e integrou outros grupos de discussão.

O encontro foi aberto com um debate sobre a importância da mobilização social para a promoção da paz e os desafios sociais, econômicos e midiáticos nesse contexto. Num segundo momento, foram formadas as oficinas, sendo duas delas coordenadas pelo PJC, que apresentou sua proposta de estimular a comunidade a desenvolver mecanismos próprios de resolução de conflitos, por meio do diálogo, participação social e efetivação dos direitos humanos. Ambas foram enriquecidas pelo amplo espaço de expressão aos presentes e às suas contribuições.

Em uma das oficinas, o Programa apresentou sua história e suas formas de atuação, regidas pelos pilares da mediação comunitária de conflitos, da animação de redes sociais e da educação para os direitos. Na segunda, foi apresentado o Projeto Vozes da Paz, vinculado ao PJC, e atuante em escolas de Ceilândia, onde trabalha os princípios da cultura de paz na comunidade escolar. Para a agente comunitária Cláudia Almeida, que atuou como facilitadora na Oficina Vozes da Paz, foi gratificante descobrir outros grupos sociais e ONGs que caminham com o mesmo propósito do PJC. “É muito rico o espaço que se abre aqui para compartilhar saberes. Saímos fortalecidos como parceiros no combate ao bullying, à homofobia e no trabalho de prevenção de violência nas escolas públicas do DF”.

Na plenária, quando participantes levaram os relatos das oficinas ao público geral, Valdeci Pereira da Silva, agente comunitário desde a fundação do PJC, há 15 anos, explanou sobre educação, comunicação e a dificuldade da mulher no mercado de trabalho, que comumente se vê no impasse de conciliar sua vida profissional e seu papel de mãe, quando não tem quem cuide de seus filhos para ir a campo.

"Esse encontro foi uma oportunidade de divulgar para várias pessoas e instituições o trabalho que o Justiça Comunitária vem realizando em Ceilândia há muitos anos. Aqui, já fizemos novos contatos e recebemos demandas", comentou Diana Costa, agente comunitária. Para a também agente comunitária Teresinha Aguiar, "é importante que se aproveitem eventos como esse para que diversos segmentos sociais, que buscam a propagação da paz e a melhoria comum para a nossa comunidade, se encontrem e se articulem".

Os Agentes Comunitários de Justiça são voluntários capacitados e atuam para que a sua comunidade conheça seus direitos e recursos, mantenha espaços de diálogo e consiga se articular para a resolução de suas demandas coletivas.