Promotor diz que defesa de Bola saiu ‘derrotada’ do segundo dia de júri
Ele afirmou que estratégia de desqualificar delegados não tem ‘limite ético’. Ex-policial é acusado de homicídio e ocultação do corpo de Eliza Samudio.
O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro avaliou como negativo o segundo dia de julgamento para o réu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado do homicídio e da ocultação de cadáver de Eliza Samudio. Segundo ele, a defesa "saiu derrotada mais uma vez do plenário" nesta terça-feira (23), quando foram ouvidos como testemunhas o detento Jaílson Oliveira, o deputado estadual Durval Ângelo e o corregedor da Polícia Civil, Renato Patrício Teixeira. O primeiro foi arrolado pela acusação e os outros dois pelos advogados do ex-policial.
"Hoje nós não tivemos inquirições na sua essência de testemunhas de defesa. A defesa não está sabendo trabalhar com competência. A defesa não está sabendo trabalhar a prova. A defesa está expondo para o júri elementos que ainda mais incriminam o seu constituinte, o seu assistido", disse Henry Wagner. Ele acrescentou que as testemunhas serviram, primeiramente, à verdade e, indiretamente, à Promotoria, que teve o trabalho beneficiado com os relatos em plenário.
O promotor disse também que os advogados do réu estão tentando, durante o júri popular, desqualificar o trabalho de delegados que atuaram nas apurações sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. "Agora o sujeito que não tem limite ético para sustentar os interesses espúlios que lhe são confiados. Inverte as posições e ele tenta se colocar como o herói que ele não é e tenta e transformar os heróis, aqueles delegados abnegados que colheram as provas nas primeiras fases de toda essa percepção criminal, nos anti-heróis", argumenta referindo-se ao advogado Ércio Quaresma.
Segundo dia
O segundo dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, terminou por volta das 19h35 desta terça-feira (23) após o depoimento do delegado-geral da Corregedoria de Polícia Civil - Renato Patrício Teixeira. Ele foi ouvido como testemunha de defesa. Marcos aparecido é acusado de matar e ocultar o cadáver de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Outras duas testemunhas foram ouvidas nesta terça-feira: Jaílson Alves de Oliveira (acusação) e o deputado estadual Durval Ângelo (PT) - defesa -.
(A partir de segunda, dia 22, acompanhe no G1 a cobertura completa do julgamento do caso Eliza Samudio, com equipe de jornalistas trazendo as últimas informações, em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Conheça os réus, entenda o júri popular, relembre os momentos marcantes e acesse reportagens, fotos e infográfico sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno.)
O policial falou sobre dois procedimentos da corregedoria relativas ao delegado Edson Moreira, que conduziu as investigações do caso Eliza Samudio e hoje é vereador em Belo Horizonte. Segundo Teixeira, um dos casos seria sobre agressão e o outro sobre o pedido de R$ 2 milhões para arquivar o inquérito de Bruno. O delegado afirmou que nestes casos, não houve nenhum ...
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