Promotora se envolve em acidente com três carros e é levada a delegacia
A promotora do Ministério Público do Paraná (MP-PR) Leila Schimiti foi levada para uma delegacia de polícia na noite de sábado (08) após se envolver em um acidente de trânsito com três carros em Londrina, no norte do Paraná.
De acordo com o boletim de ocorrência, a promotora responsável pela Operação Publicano - que investiga um esquema de recebimento de propina dentro da Receita Estadual - apresentava sinais de embriaguez. Leila se recusou a fazer o teste do bafômetro, ainda conforme o boletim.
Por meio de nota postada no domingo (09), a promotora caracterizou o episódio como "lamentável" e pediu desculpas aos envolvidos na batida e à sociedade. Ela disse também que irá se submeter às consequências legais e pediu a Deus serenidade para lidar com a situação.
O procurador-geral do MP-PR, Gilberto Giacoia, disse que o procurador Claudio Esteves esteve no local e que “só depois de reunirmos todos os elementos a Procuradoria tomará providências que o caso requer".
O boletim de ocorrência detalha que a promotora Leila Schimiti apresentava sinais de embriaguês. As informações são do jornal Folha de Londrina.
“A promotora estava fora do expediente de trabalho, não estava em um compromisso profissional. Estava em um compromisso pessoal. A princípio foi um episódio que não tem relação com as atividades que ela exerce no Ministério Público, ou seja, não interfere na função funcional”, acrescenta o procurador-geral do MP.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, a promotora Leila Schimiti informou à equipe policial que voltava de uma festa na área rural do município quando ocorreu o acidente. Em um trecho, os policiais detalharam que a promotora" apresentava sinais de embriaguez, como odor etílico, fala desconexa ".
Mesmo demonstrando sinais de embriaguez, a promotora do MP-PR não foi presa. O procurador Claudio Esteves, que esteve no local do acidente e acompanhou Leila até a delegacia, lembrou que existe previsão legal estabelecendo que os membros do Ministério Público só podem ser presos em casos de crimes inafiançáveis. Como não foi o caso, Leila foi liberada após comparecer à delegacia.
"A promotora Leila abriu mão dessa prerrogativa e concordou em ser conduzida pelos policiais militares até a delegacia para demonstrar que ela não teve nenhum tipo de privilégio. Pois, se fosse cumprir rigorosamente a lei, a promotora não deveria ser levada até a delegacia. Entretanto, zelamos pela imagem do MP-PR, e sugerimos que ela prestasse todos os esclarecimentos", detalha o procurador Claudio Esteves.
Sobre o trecho no boletim de ocorrência que afirma que a promotora foi liberada" para preservar a imagem "dela, Esteves argumenta que a frase foi uma interpretação dos policiais sobre o dispositivo que protege os integrantes do órgão.
Os outros dois motoristas realizaram o teste do bafômetro na delegacia e não foi constatado nenhum teor alcoólico em ambos os exames. Ninguém ficou ferido.
A nota da promotora Leila Schimiti
"Em razão do lamentável evento ocorrido, venho a público externar meus pedidos de desculpas a todos os envolvidos e à sociedade. Na oportunidade, me submeti às medidas determinadas pelas autoridades e assim será em relação às demais consequências legais advindas desse episódio.
Peço a Deus que me dê serenidade para passar por esse momento e continuar trabalhando em benefício da sociedade."
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