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17 de Junho de 2024
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    PT entra com pedido na Organização dos Estados Americanos para suspender impeachment

    Publicado por Câmara dos Deputados
    há 8 anos

    Deputados do PT entraram, na noite de terça-feira (9), com representação contra o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Os parlamentares querem suspender o processo em discussão no Senado, por considerar que se trata de um golpe de Estado que contaria com a participação do Congresso brasileiro.

    Eles também pedem o retorno imediato de Dilma ao cargo, com o argumento de que houve lesão a direitos políticos e, consequentemente, aos direitos humanos. Dilma assina o documento na condição de vítima.

    A expectativa dos deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ), que fizeram a representação juntamente com o senador Telmário Mota (PDT-RR), é que a comissão decida pela reintegração de Dilma Rousseff por meio de uma liminar. “O Brasil terá que cumprir porque ele participa do sistema interamericano de direitos humanos”, explicou Teixeira a jornalistas, nesta quarta-feira (10) na Câmara dos Deputados.

    “Nós requeremos uma liminar pela urgência, porque o processo está em curso. Se esperarmos que o Senado decida definitivamente no mérito, vai se tornar um dano irreparável”, disse, por sua vez, o deputado Wadih Damous.

    Continuidade
    Na madrugada desta quarta-feira, o Plenário do Senado aprovou, por 59 votos a 21, o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) pela continuidade do processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff por crimes de responsabilidade. O julgamento final deve acontecer no fim deste mês. A presidente da República pode, assim, perder definitivamente o mandato.

    Dilma é acusada de ter cometido crime de responsabilidade contra a lei orçamentária e contra a guarda e o legal emprego de recursos públicos, na forma de decretos de abertura de créditos suplementares e operações com bancos públicos consideradas ilegais. Os atos são de 2015.

    Segundo Paulo Teixeira, no entanto, não há nenhuma condenação criminal contra Dilma no Brasil e a conduta pela qual ela está sendo julgada não estava prevista em lei. “Todo o procedimento é ilegal. Os procedimentos na Câmara também foram ilegais. A iniciativa da abertura do processo teve como motivação a retaliação. Uma série de questões foram descumpridas”, disse Teixeira.

    Ele lembrou que há casos precedentes de políticos afastados em outros países, cuja situação foi revertida a partir de uma decisão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

    Reportagem – Noéli Nobre
    Edição – Mônica Thaty

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/pt-entra-com-pedido-na-organizacao-dos-estados-americanos-para-suspender-impeachment/372127170

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