Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
16 de Junho de 2024
    Adicione tópicos

    R$ 51 milhões: PGR rebate tentativa de Geddel de impedir audiências em ação penal

    Para Raquel Dodge, defesa tenta atrasar andamento do processo. Testemunhas devem ser ouvidas em Brasília, Salvador e São Paulo

    há 6 anos

    Em manifestação enviada nesta segunda-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a rejeição de um recurso apresentado pela defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima com o propósito de impedir a realização de audiências no âmbito da ação penal à qual ele responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Por ordem do relator do caso, o ministro Edson Fachin, como parte da instrução processual do caso, deverão ser ouvidas testemunhas nas cidades de Brasília (DF), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Ao réu, que está preso no complexo da Papuda, em Brasília, foi assegurada a possibilidade de acompanhar as audiências por meio de videoconferência.

    Na petição, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, rebate os argumentos apresentados por Geddel, como o que sugere cerceamento de defesa pelo não acompanhamento presencial das audiências. Citando a Resolução 105/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a PGR lembra que o uso da tecnologia permite que seja assegurado o princípio da ampla defesa, de forma que não haja prejuízo ao réu. “Ele terá contato prévio com sua defesa, poderá fazer intervenções e até questionamentos via sua defesa técnica — tudo em tempo real, on line e sensível aos tempos de redução de gastos públicos”, destaca em um dos trechos do documento.

    Outro ponto mencionado nas contrarrazões apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) diz respeito ao questionamento da defesa quanto à marcação das audiências no momento em que ainda há pendências acerca de perícia, afirmando que a lei processual define os meios de provas típicas (perícia, testemunhal e quebra de sigilo) sem estabelecer nenhuma ordem cronológica de realização. Para Raquel Dodge, ao tentar forjar uma relação de prejudicialidade entre os meios de prova, a defesa, busca, na verdade, atrasar o andamento da ação penal. “Querem, portanto, ditar o ritmo do processo valendo-se, o que é pior, de questões já decididas pela Turma”, enfatiza, referindo-se ao fato de o pedido já ter sido rejeitado em decisão colegiado da segunda turma do STF.

    Sobre o caso - Geddel Vieira, o irmão dele, o deputado federal, Lúcio Vieira, a mãe deles, Marluce Vieira e outras duas pessoas foram denunciadas no fim do ano passado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em setembro, foram encontrados R$ 51 milhões em espécie em um apartamento da família ,em Salvador. Para o MPF, o dinheiro é resultado da prática de atividades criminosas do político, que é investigado em outras frentes como a Operação Greenfield e Cui Bono. A denúncia foi recebida pelo STF no dia 8 de maio.

    Confira a íntegra da manifestação

    Secretaria de Comunicação Social
    Procuradoria-Geral da República
    (61) 3105-6406 / 6400
    pgr-imprensa@mpf.mp.br
    facebook.com/MPFederal
    twitter.com/mpf_pgr

    • Publicações37267
    • Seguidores711
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações38
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/r-51-milhoes-pgr-rebate-tentativa-de-geddel-de-impedir-audiencias-em-acao-penal/614844546

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)