Raposa ameaçada de extinção morre atropelada na Serra da Canastra (MG)

Raposa foi encontrada morta na Serra da Canastra (Foto: Daniela Labonia/Divulgação)

Uma raposa foi encontrada morta nesta terça-feira (24) dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, em São Roque de Minas. A diretora da Associação da Serra da Canastra (Atusca), Daniela Labonia, acompanhava um grupo de turistas quando encontrou o animal, que está em extinção, próximo ao Centro de Visitantes que fica dois quilômetros da portaria I do parque. Ela foi atropelado, segundo ambientalistas.

Para Daniela, o atropelamento da raposa é mais um motivo para que seja exigido que todas pessoas entrem no parque somente acompanhadas por guias. “O modo como encontramos ela nas estrada mostra que foi atropelamento. É difícil encontrar uma raposa, já tentei ver esse animal várias vezes com turistas, mas nunca vi. E agora encontro uma morta. É preciso ter atenção, com certeza, e não só isso, conscientização também”, disse.

No dia 5 deste mês o chefe substituto do Parque Nacional da Serra da Canastra, uma das unidades do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMbio), Vicente Faria, fez uma denúncia ao G1 sobre a falta de consciência de alguns grupos de trilheiros de diferentes regiões do estado que têm degradado a flora e consequentemente a fauna do local.

De acordo com ambientalistas da região, os veículos em locais inadequados têm causado danos à fauna, como os atropelamentos de animais e supressão da vegetação, devido à fragilidade dos solos da Canastra, erosão e assoreamento de nascentes e dos cursos d’água que abastecem as cabeceiras do Rio São Francisco e afluentes do Rio Grande, duas importantes bacias tanto no gerenciamento dos recursos hídricos como para o fornecimento de energia elétrica.

Em extinção

De acordo com o biólogo e coordenador do projeto Instituto Pró-Carnívoros, Rogério Cunha de Paula, a raposinha, cujo nome científico é raposa do campo, é um animal ameaçado de extinção. Rogério também afirma que o atropelamento de animais dentro do parque é um dos problemas que o instituto tenta reverter ao longo dos anos.

Fonte: G1