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21 de Junho de 2024
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    Reeducandos celebram união civil e religiosa durante casamento coletivo

    há 6 anos

    A Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, foi o cenário para a concretização de um sonho de 27 reeducandos. Eles e as suas respectivas companheiras celebraram na manha desta quinta-feira (30/8) a união civil e religiosa durante um casamento coletivo realizado na unidade prisional.

    Para o recuperando João Batista, 34 anos, recluso há quatro anos e dois meses, este é um momento histórico. Ele crê que a partir de hoje começa uma nova etapa em sua vida.

    “Neste lugar eu aprendi a valorizar a minha vida e aqueles que gostam de mim. Diferente do que muitas pessoas pensam, aqui dentro eu tive a oportunidade de mudança e espero sair com o coração voltado para Deus, disposto a amar minha esposa e a cuidar dela”, planeja.

    Com direito a vestido de noiva, véu e buquê de flores, a esposa de João, Flávia Pereira, conta que, como toda mulher prestes a subir no altar, também ficou nervosa, mas venceu o nervosismo. Com um largo sorriso no rosto e lágrimas nos olhos, Flávia disse sim. “Nossa história de amor é complicada, mas teve um final feliz. É isso o que importa, porque casar era o nosso sonho e eu sou muito grata por ele acontecer”, comemora a noiva.

    A cerimônia - Os noivos são reclusos da ala evangélica e dos raios 1, 2, 4 e 5 da penitenciária e tiveram o compromisso selado por um pastor e um representante de um cartório civil. O evento foi organizado pela direção da PCE, associação dos servidores da penitenciária e parceria com a Defensoria Pública do Estado, que conseguiu junto ao cartório a gratuidade da taxa da união civil. O grupo de apoio aos familiares dos detentos auxiliou as noivas e decorou o local do casamento.

    O secretário adjunto de Administração Penitenciária, Emanoel Flores, e o diretor da penitenciária, Revétrio Francisco da Costa, participaram da cerimônia e receberam os noivos e suas famílias. “Além da custódia, nós também somos responsáveis pela ressocialização do reeducando. E ao aproximá-lo da família, estamos contribuindo para que ele cumpra a pena com mais tranquilidade e com a certeza de que há uma parceira do teu lado auxiliando no processo de reeducação”, observa Emanoel.

    Este é o primeiro casamento coletivo de grande porte ocorrido na unidade. Segundo o diretor da penitenciária, a ideia da celebração surgiu de um recuperando que tinha vontade de casar. “Então juntamos vários que queriam a mesma coisa, fizemos uma seleção e organizamos este evento com a proposta de fazemos a integração com a família, fortalecendo o compromisso entre eles”.

    Mais que uma simples assinatura em um livro do cartório e da igreja, o casamento representa a junção de duas vidas com propósitos diferentes trilhando o mesmo caminho. Para o defensor público José Evangelista, do Núcleo de Execuções Penais, é um incentivo à ressocialização, que requer mudança efetiva de vida.

    “A Defensoria fica muito feliz em ter auxiliado para que esse casamento ocorresse sem custos e por ter trabalhado na reunião da documentação necessária para a oficialização do procedimento. Enxergamos nessa atitude uma esperança de reintegração social, pois o preso sabe que tem alguém que o ama e espera por ele lá fora. Isso é um estímulo para que retome sua vida. O ambiente de um presídio é muito depressivo e esse acontecimento com certeza traz um alento”, disse o defensor.

    Fernanda NazárioAssessoria de Imprensa Sejudh MT

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