Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
19 de Maio de 2024
    Adicione tópicos

    Reforma Agrária

    Durante toda a manhã desta terça-feira, 2, a Assembleia Legislativa sediou atividades do I Seminário de Agricultura Familiar, Camponesa e Reforma Agrária, evento promovido pelo deputado Mauro Rubem (PT). Segundo o parlamentar, o objetivo do seminário, que vai até quinta-feira, 4, será o de promover debate em torno dos aspectos positivos e seus impactos na sociedade e na economia local, e ainda o papel estratégico na garantia da soberania alimentar.

    Com o tema Reforma Agrária como Instrumento de Justiça Social, autoridades e camponeses discutiram aspectos da luta do homem no campo. Além de Mauro Rubem, compuseram a mesa de autoridades, o deputado federal Pedro Wilson (PT-GO), o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Leonardo Veloso, o presidente do Incra, Rolf Hackbart; o superintendente federal de Agricultura e Abastecimento em Goiás, Helvécio Magalhães; o conselheiro permanente da Comissão Pastoral da Terra, Dom Thomas Balduíno; o superintendente do Incra em Goiás, Rogério Arantes; o superintendente da Regional 28 do Incra, João Batista.

    Representantes de 15 movimentos sociais ligados à questão agrária participaram do evento, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado de Goiás (Fetaeg), Movimento de Libertação dos Sem Terras (MLST), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Movimento Brasileiro de Trabalhadores Rurais (MBTR).

    Mauro Rubem destacou que o objetivo do seminário é fazer a integração dos movimentos sociais. Nós queremos avançar na questão da reforma agrária no País., ressaltou.

    O deputado federal Pedro Wilson enfatizou que Goiás tem terras para reforma agrária. O parlamentar destacou ainda a necessidade de mais recursos da União para promover a reforma e afirmou que programas do Governo federal, como o Luz para Todos, garantem qualidade de vida para o homem do campo. Para Pedro Wilson, o País tem muito espaço para que a agricultura avance. Fomentar a agricultura familiar é, na opinião dele, incentivar a produção dos alimentos que comemos. Os produtos oriundos da agricultura familiar representam em torno de 80% do que temos na nossa mesa, que é o arroz, o feijão e a mandioca destacou.

    Secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Leonardo Veloso, destacou que Reforma Agrária não é só dividir as terras e jogar os camponeses lá. O Estado precisa garantir a dignidade e a qualidade de vida, explicou. O secretário propôs no evento, a elaboração de um cronograma de ações de promover a regularização fundiária e outras atividades referentes à reforma agrária. "A Secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento está à disposição dos movimentos sociais, disposta a promover a justiça", finalizou.

    Superintendente federal de Agricultura e Abastecimento em Goiás, Helvécio Magalhães ressaltou que uma das grandes preocupações dos movimentos deve ser dar viabilidade estrutural aos assentamentos. É preciso garantir assistência técnica aos camponeses. Além disso, estruturar a produção em cooperativas e verticalizar a produção, ao incorporar valores ao produto primário, evitando atravessadores para colocar os produtos dos camponeses no mercado, ressaltou o superintendente.

    Novo modelo

    Presidente do Incra, Rolf Hackbart lamentou que poucos setores da sociedade querem discutir e propor o real modelo de desenvolvimento sustentável, não baseado no consumismo. Precisamos discutir que tipo de desenvolvimento queremos para o País, ressaltou, afirmando que quanto mais a sociedade for organizada, por meio de movimentos sociais, mais melhorias terá.

    Rolf espera que todos os movimentos sociais discutam uma pauta em comum, na qual a Reforma Agrária e o desenvolvimento rural sustentável com os camponeses seja prioridade para o desenvolvimento do País.

    Segundo o presidente do Incra, é preciso combater as ideias disseminadas pelos grandes meios de comunicação, de que a Reforma Agrária é cara, produz violência e destrói o meio ambiente. Precisamos mudar o modelo agrário do País, finalizou.

    Conselheiro permanente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Tomás Balduíno salientou que o que há de bom e esperançoso no campo é a atuação dos camponeses, com propostas viáveis ambiental e territorialmente, explicou, dizendo que a sociedade não pode reduzir o conceito da Reforma Agrária. "A proposta é democratizar o desenvolvimento rural, pontuou o bispo.

    Por fim, representantes dos movimentos sociais relataram os problemas referentes à manutenção do homem no campo e a necessidade de acelerar a Reforma Agrária. Durante a tarde desta terça-feira, 2, a Assembleia sediará outros debates sobre a questão agrária.

    • Publicações52542
    • Seguidores54
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações20
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/reforma-agraria/1161199

    Informações relacionadas

    Jaiane Melo, Estudante de Direito
    Artigosano passado

    Direito Agrário: Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terras no Brasil

    Carolina Salles, Advogado
    Artigoshá 10 anos

    Concepções princpiológicas do Direito Agrário

    Pedro Lucas Macêdo, Estudante de Direito
    Modeloshá 6 anos

    Resumo Direito Ágrario

    Augusto Padua, Advogado
    Artigoshá 6 anos

    O Direito Agrário brasileiro visto por seus Princípios

    Advocacia e Concursos Jurídicos, Procurador e Advogado Público
    Artigoshá 2 anos

    Direito Agrário

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)