Reforma no ensino médio 2019
Segundo A previsão do Ministério da Educação (MEC) é de que o novo formato do currículo para esta etapa do ensino comece a ser implantado nas escolas brasileiras a partir de 2019, portanto, as mudanças decorrentes da reforma do ensino médio ainda não deverão ser colocadas em prática este ano, tendo em vista que parte da definição sobre o que deverá ser ensinado depende da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Ainda que os resultados da medida estarem distantes, especialistas acreditam que possa ser o início das transformações para aprimorar o sistema educacional brasileiro. Porém, outros pontuam que o esforço para aumentar os índices de proficiência na fase da educação básica que mais preocupa o governo precisará ir além dessa reforma.
Para Olavo Nogueira Filho, diretor de Políticas Educacionais do movimento Todos pela Educação, as escolas devem começar a operar com esse novo sistema apenas em 2020, “Tudo continuará da mesma forma em 2018 e 2019. Pode ser que o aluno que esteja entrando agora no 1º ano do ensino médio pegue o novo modelo quando chegar ao 3º ano ou em algumas escolas particulares que coloquem a reforma em prática ainda este ano”, ou seja, o novo modelo de ensino continuará sendo construído para avaliar se as escolas estão aptas a recebê-lo.
Segundo o mesmo, se o novo ensino médio for bem implantado, a preparação para o mercado de trabalho será mais eficiente, utilizando a lousa digital como forma de aprimoramento para os estudos. “Precisamos entender que o jovem entre 15 e 17 anos já começa a ter interesses diversos, seja entrar para uma faculdade, seja para o mercado de trabalho. Reconhecer isso e desenhar o ensino médio é um caminho que a experiência de outros países apontam como positiva”, afirma.
Já João Batista Oliveira, o presidente do Instituto Alfa e Beto (IAB), não concorda que o ensino acadêmico e o profissional devam se misturar. “Na escola, o objetivo não é preparar para o mercado de trabalho, mas, sim, para os próximos anos no colégio ou na faculdade. O ensino técnico deve ser incentivado sim, mas não nas escolas”, aponta.
Walquiria Oliveira, mãe de um estudante de ensino médio, de 46 anos, acredita que mudar a etapa final da educação é necessário, mas precisa ser apresentada de outra maneira. “É preciso mais diálogo, amplos debates e mais participação das comunidades escolares para não ampliar ainda mais as desigualdades na educação”, diz a historiadora.
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