Reitor da UFRJ aponta fechamento de 40 mil escolas no campo desde 2001
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, denunciou há pouco o fechamento de 40 mil escolas no campo desde 2001 no Brasil. Ele participa de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados sobre o direito à educação no campo.
Colaborador do Fórum Nacional de Educação do Campo, Leher apontou ainda que as escolas existentes têm muitos problemas de infraestrutura, como falta de água, esgoto e internet.
Leher considera fundamental discutir o modelo de “municipalização” das escolas. Segundo ele, o modelo de financiamento da educação atual, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), baseia-se no número de estudantes, por isso, as escolas rurais com poucos alunos estão sendo fechadas. Para ele, a obrigação com a manutenção das escolas tem que ser da União, por meio de programas federais.
O reitor salientou ainda que os professores das escolas do campo têm que ser especializados em educação no campo, com suas especificidades. O presidente da comissão, deputado Padre João (PT-MG), citou a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), segundo a qual a educação escolar deve vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social, valorizando as diferenças e a diversidade. O parlamentar, que solicitou o debate, ressaltou que o projeto de educação no campo está ameaçado no Brasil.
A audiência é realizada no plenário 1.
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Reportagem - Lara HajeEdição - Rachel Librelon
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