Relator diz que José Genoino executou crime de corrupção ativa
O relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, afirmou nesta quarta-feira (3) que o ex-presidente do PT José Genoino "executou" o crime de corrupção ativa (oferecer vantagem indevida) ao negociar repasses de dinheiro ao ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB e delator do suposto esquema de compra de apoio político de deputados.
Na sustentação oral em defesa de seu cliente, numa sessão anterior do julgamento, o advogado de Genoino, Luiz Fernando Pacheco, afirmou que o mensalão foi "inventado" e que seu cliente só foi acusado porque era petista.
"Houve colaboração específica de Genoino. Executou o delito de corrupção ativa relativa a Roberto Jefferson, ao negociar montantes que seriam repassados pelo PT. Genoino admite ter repassado empréstimos em nome do Partido dos Trabalhadores, tendo como avalista Marcos Valério, demonstrando assim a proximidade entre eles" , afirmou Joaquim Barbosa.
O relator iniciou na tarde desta quarta a leitura do voto sobre dez réus acusados de corrupção ativa - dar dinheiro a parlamentares de partidos da base em troca da aprovação de projetos de interesse do governo federal.
Segundo a denúncia, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e José Genoino atuaram na distribuição de dinheiro a parlamentares por meio de Marcos Valério com a finalidade de "angariar ilicitamente o apoio de outros partidos políticos para formar a base de sustentação do governo federal" .
A maioria do STF já decidiu que dez réus do processo, entre eles ex-parlamentares e assessores do extinto (PL), PP, PTB e PMDB, são culpados de corrupção passiva (receber vantagem indevida).
Dirceu Ao proferir o voto nesta quarta, o relator afirmou ainda ser "impossível" que o ex-ministro José Dirceu não tivesse conhecimento do esquema de pagamento de propina a parlamentares. "Considero impossível acol...
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