Roberto Mesquita critica política de segurança do Governo
O deputado Roberto Mesquita (PV) criticou, na sessão plenária desta quarta-feira (10/08) da Assembleia Legislativa, a política de segurança pública do Governo do Estado. Ele utilizou pesquisa divulgada ontem pela Fundação da Universidade do Ceará (Funece), destaque no jornal Diário do Nordeste de hoje, para dizer que as medidas tomadas pelo Executivo até agora são fracassadas.
O estudo aponta uma situação preocupante em Fortaleza. De 2007 a 2009, a Capital registrou mais de 2.300 assassinatos, 74,8 mil roubos e 16,9 mil casos de lesão corporal. No tocante aos homicídios, as vítimas são 63% jovens com idade entre 15 e 29 anos.
Os mais vulneráveis aos ataques são os negros, solteiros, com baixa renda e baixa escolaridade. Foi nesse período (2007) que o Ronda do Quarteirão entrou em atividade. Logo no início, mostrou queda grande nos indicadores de violência. A seguir, a sensação de segurança passou e os índices alarmantes continuam, disse.
Mesquita destacou trecho da pesquisa que aponta os bairros Bom Jardim e Messejana como os mais violentos. Eles pertencem à circunscrição da Secretaria Executiva Regional (SER) V e VI, respectivamente. No caso do Bom Jardim, a situação é ainda mais delicada porque os recursos de enfrentamento à violência não são repassados pelo Governo Federal desde o começo do ano.
O deputado lembrou que Fortaleza será subsede da Copa 2014 e não pode ter esse panorama quando o campeonato começar. Ele criticou a postura do Governo de investir R$ 250 milhões em um aquário, e R$ 400 milhões em um centro de eventos quando a segurança pública enfrenta séria crise. Com isso, pediu a suspensão dos projetos, já em execução de obras físicas.
Roberto Mesquita lembrou de um projeto de indicação de sua autoria que cria o Fundo Estadual de Combate às Drogas. Os entorpecentes são apontados como a principal causa dos homicídios em todo o País. Para virar lei, a ideia do parlamentar depende do Governo, que precisa encaminhar à AL mensagem contendo a medida.
A ideia é destinar 1% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para ações com foco na redução da venda de químicos. Isso representaria R$ 70 milhões por ano, ou quase R$ 6 milhões por mês, revelou.
BC/AM
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