Rodriguinho foi, dinheiro não vem
Clube aguarda pagamento de parte do valor dos direitos do armador pelo Corinthians para pôr a folha salarial em dia
A diretoria do América aguarda o dinheiro da venda de Rodriguinho ao Corinthians para terminar o ano com a folha de pagamento em dia. O presidente do clube, Marcus Salum, confirmou ao Superesportes que os salários de outubro e novembro ainda não foram pagos. "O Alexandre Faria (superintendente-geral) está em São Paulo para saber por que o Corinthians ainda não depositou o dinheiro do Rodriguinho. Vendemos o jogador porque corríamos o risco de fechar o ano no vermelho. Se o Corinthians não pagar, aí terei de arrumar outra maneira para honrar os compromissos", afirmou o dirigente.
No início de outubro, o América vendeu 50% dos direitos econômicos de Rodriguinho ao Corinthians por R$ 4 milhões e ficou com 10%. Ficou combinado que o clube paulista depositaria o valor parceladamente ao fim de cada mês. O armador disputou seis partidas pelo Timão no Brasileiro, inclusive a da última rodada, a derrota por 1 a 0 para o Náutico, no Recife, e não marcou nenhum gol. Como o clube paulista não quitou a parcela de novembro, os jogadores do Coelho ficaram sem pagamento.
Depois de admitir que depende do dinheiro do Corinthians para quitar os salários atrasados, Salum garantiu que vai resolver o problema em breve: "Sou uma pessoa honesta. O América passou o ano inteiro com salário em dia e ninguém publicou nada. Agora parece que querem instaurar crises. Vamos resolver e tudo ficará normal novamente", destacou o dirigente, garantindo também que os funcionários estão recebendo em dia.
FOLHA A folha salarial do América em 2013 ficou entre R$ 900 mil e R$ 1 milhão mensais. Depois da saída de Rodriguinho, quem passou a contar com o maior salário do grupo de jogadores foi o atacante Marcão, devolvido ao Atlético-PR. Seu ganho por mês era de R$ 65 mil. Em campo, o jogador não correspondeu e fez apenas dois gols, em 15 jogos.
SCHETTINO À DERIVA NA FMF
A situação do presidente Paulo Schettino à frente da Federação Mineira de Futebol (FMF) está cada vez mais complicada. O juiz Antônio Leite de Pádua, da 6ªVara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, determinou que Schettino e sua diretoria permanecerão nos cargos apenas como interinos até 28 de fevereiro, quando será realizada eleição presidencial na FMF. A sentença determina ainda que a atual diretoria não participe do processo eleitoral, que será conduzido pelos interventores Fernando Aurélio Machado, economista, e Sarah Viviane dos Santos Barbosa, contadora. O caso começou com as alterações estatutárias comandadas por Paulo Schettino e aprovadas pelos clubes em agosto de 2011 para prorrogar o mandato do dirigente por dois anos, até 31 de dezembro de 2014. O Ministério Público de Minas Gerais considerou ilegais as alterações no estatuto da FMF e acionou o TJMG. Em 16 de maio, a 6ª Vara Cível determinou o afastamento de toda a diretoria da federação e nomeou os interventores, que ficaram no cargo por pouco mais de quatro horas. Paulo Schettino conseguiu um agravo de instrumento, concedido pela 13ª Câmara Cível, para reassumir a presidência. (Estado de Minas)
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.