Rota de crescimento
O Relatório de Anúncios de Projetos de Investimentos (Renai) de 2010, elaborado pelo Ministério do de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDC), mostrando que de US$ 268,8 bilhões anunciados para o Brasil, ano passado, o Rio de Janeiro recebeu US$ 18,45 bilhões, saindo da 3a em 2009, para a 1a posição entre os estados brasileiros no ano seguinte, à frente de Minas Gerais e São Paulo - os quais receberam, respectivamente, US$ 10,6 bilhões e US$ 10,4 bilhões - assume significado especial na própria medida em que aí transparece um quadro que o converte em polo de atração de investimentos e, a um só tempo, a unidade federativa que mais receberá recursos nacionais e estrangeiros nos próximos anos.
Verifica-se, por um lado, que se a magnitude de tais investimentos se interliga em grande ao petróleo na camada do pré-sal e ao que a respectiva descoberta representa, em termos deformação de fornecedores dos mais diversos segmentos da economia, inclusive construção naval e siderurgia, por outro os americanos são os maiores investidores estrangeiros, com projetos específicos e em parceria com empresas brasileiras.
Atualmente, como se constata, há projetos localizados em diferentes regiões do estado, como por exemplo em São João da Barra, no Norte Fluminense, destacando-se a construção de uma usina para a produção de placas de aço pela Ternium, no valor de US$ 6 bilhões, além da construção do Superporto do Açu, onde os investimentos, ascenderão a R$3,4 bilhões. Enquanto isso, no Sul do estado, a Michelin destina R$1,1 bilhão a uma fábrica de pneus e a Procter & Gamble vai ampliar seu centro de distribuição. Por sua vez, a MAN Latin America, fabricante de caminhões e ônibus Vokswagen, investe R$ 150 milhões na ampliação de sua fábrica de Resende.
O coordenador do Renai, Eduardo Celino, destaca ainda que o mercado fluminense conta também com obras do Programa de Aceleracao do Crescimento (PAC), da Copa de 2014eda Olimpíada de 2016, assinalando: "A força de atração do Rio e o interesse dos investidores, no Brasil como um todo, mostram a confiança das empresas".
Já o gerente de Competitividade Industrial e Investimento do Sistema Firjan, Cristiano Prado, observando que o Rio nunca recebeu tantos investimentos e, nos próximos três anos, receberá ainda R$ 181 bilhões destaca a criação de centros tecnológicos e a implantação de fábricas do setor de energia: "Copa e Olimpíada representam uma parte, já que o petróleo recebe muitos recursos. Além disso, destaque para o setor de infraestrutura, como o Superporto de Açu. O setor naval é outro segmento que renasce. O Rio é hoje a capital das novas oportunidades".
Todo esse quadro de investimentos, já em curso ou anunciados, aponta para a solidez e sustentabilidade de uma estratégia de desenvolvimento que não se restringe à Região Metropolitana, mas se dissemina em diferentes regiões fluminenses, contribuindo deforma decisiva para a geração de oportunidades de trabalho e renda e modificando nitidamente as perspectivas locais, no rumo da interiorização e da integração, e a projetarem, como projetam, novo horizonte de aproveitamento das vocações econômicas do estado e exploração de suas potencialidades, em favor da elevação da qualidade de vida de sua população.
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