Adicione tópicos
RS: Servidores de Tapes passam por situação grave de descaso e abandono
há 10 anos
Responsável pela sala de objetos é obrigado a lidar com entorpecentes como crack, na foto, sem equipamentos de proteção.
Local tem ainda roupas sujas de sangue, pólvora e produtos químicos a cerca de um metro da mesa do servidor.
Da mesma forma que acontece na quase totalidade das comarcas do estado, Tapes passa por problemas gravíssimos, os quais não são resolvidos por parte da administração do Tribunal.
Os dirigentes Marco Weber e Fabiano Marranghello estiveram na tarde dessa quinta, 28, na comarca, na companhia do engenheiro do trabalho Luis Felipe Missel, verificando situações de insalubridade na sala de objetos da Distribuição e Contadoria, na qual o servidor responsável sequer recebe luvas e equipamentos de proteção por parte da administração.
É a política do se "vira nos trinta" para o servidor. Exposto a todo tipo de objetos nocivos para a saúde, desde roupas sujas de sangue, armas, munição e produtos químicos, esse é um problema percebido em todos os locais semelhantes no estado. Contudo, a administração do TJ nada faz. O Sindjus está se munindo de dados e estudos técnicos para ingressar com as ações competentes para conceder adicionais a esses profissionais que laboram nesse tipo de ambiente.
Na comarca, que atende a outros dois municípios com uma extensão territorial de mais de cem quilômetros, tramitam 15 mil processos para apenas 11 servidores cumprirem os processos e atenderem à população. Nos dois cartórios judiciais há três Oficiais Escrecentes em cada um. O caso mais gritante da comarca é do Oficial de Justiça Lúcio Flávio Carvalho Cabral, um verdadeiro herói do judiciário gaúcho. Lúcio é simplesmente o ÚNICO Oficial de Justiça da Comarca há quase um ano, ou seja, desde outubro de 2013. No entanto, os gabinetes dos magistrados estão completos, com assessores e estagiários para auxiliarem no cumprimento das tarefas.
A maioria dos servidores de Tapes, nessa visita do Sindjus, inclusive Lúcio Flávio, sindicalizou-se, cientes da importância dessa atitude para mudarmos essa cenário.
Mais uma vez, constantamos de perto uma realidade que é comum no judiciário de hoje. A magistratura se preocupa muito mais com seus interesses corporativos do que com o bem estar de seus servidores.
Os colegas de Tapes também apoiaram a campanha Basta de CCs, do Sindicato juntamente com outras categorias do serviço público estadual e municipal, que tem ganhado o estado no combate ao nepotismo e na valorização do servidor público concursado.
Secom/CSPB
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.