Ruas: Governo precisa saber da nossa revolta e irresignação com esses projetos

O pacote de projetos encaminhado pelo Governo para a Assembleia Legislativa representa a destruição do Estado e um ataque às instituições que contribuíram para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Essa foi a avaliação feita pelo deputado Pedro Ruas (Psol), em pronunciamento de apoio aos servidores e servidoras na Praça da Matriz, nesta sexta-feira (25/11). “A praça da Matriz é do povo gaúcho e todos têm o direito de estar aqui para saber sobre esse momento dramático para nosso estado. Essa casa aqui, atrás de nós (referia-se ao Palácio Piratini), precisa saber da nossa revolta e da nossa irresignação com esse maldito pacote que destrói a estrutura do Estado e o deixa entre o nada e a iniciativa privada”, afirmou o parlamentar. Da mesma forma, ele enfatizou que cada deputado precisa ser informado sobre a gravidade do momento.

Para Pedro Ruas o pacote representa apenas a ponta de um “iceberg” que terá como consequência o prejuízo para gerações futuras, sejam servidores ou a sociedade rio-grandense, na medida em que sem empresas ou entidades que ajudaram a dar rumo e construíram o Estado, o desenvolvimento será travado. “As gerações futuras não poderão contar com essas estruturas, a exemplo das passadas e da presente”, enfatizou Ruas, ao destacar a contradição nas decisões do governo. “Se por um lado o pacote propõe a venda de empresas e instituições como a TVE, Fundação de Economia e Estatística, a Fundação Zoobotânica, numa clara definição de preferência pelo privado, sem respeitar a memória e as tradições do Estado, por outro lado mantém e aumenta privilégios de alguns setores”.

Deu como exemplos, a negação do Governo em liberar sua base para votar o projeto de lei que extingue o Tribunal de Justiça Militar – cujo custo anual é de cerca de R$ 40 milhões/ano – e o projeto que objetiva remunerar procuradores do estado como se fossem advogados comuns, e não uma categoria de uma carreira de Estado. “Nosso projeto que visa acabar com o TJM está engavetado na Comissão de Constituição e Justiça há 17 meses”.

O deputado lamentou, ainda, o fim da Fundergs, destacando o magnífico trabalho em benefício da sociedade que era realizado naquela Fundação. “Não teríamos tido uma campeã mundial de ginástica olímpica, a Daiane dos Santos, que levou o nome do Rio Grande do Sul para o mundo, sem o trabalho da Fundergs. No local jovens de todas as categorias recebiam orientação e estímulo ao esporte e nós sabemos como isso é importante. Mas era preciso atender demandas de amigos, de empresários conhecidos”, acentuou.

Por fim, Pedro Ruas enfatizou que não irá se curvar, que estará firme na luta contra o pacote. Além das lideranças sindicais, também o deputado Elvino Bohn Gass e a vereadora Fernanda Melchionna fizeram pronunciamentos de apoio aos servidores.

© Agência de Notícias
As matérias assinadas pelos partidos políticos são de inteira responsabilidade dos coordenadores de imprensa das bancadas da Assembleia Legislativa. A Agência de Notícias não responde pelo conteúdo das mesmas.